quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Cuidado! O risco de confiar em desconhecidos aumenta com a idade.


Os idosos são mais propensos do que os mais jovens a perceber faces desonestas como sendo de confiança.
Novas descobertas da ciência ajudam a explicar o porquê de as pessoas mais velhas serem mais propensas a sofrerem esquemas de fraude.

De acordo com o Federal Trade Commission dos EUA, cerca de 80% das vítimas de fraudes têm mais de 65 anos. Alguns especialistas suspeitam que os idosos são mais vulneráveis à fraude, porque confiam mais facilmente do que os adultos mais jovens.


Uma equipa liderada pelo Dr. Shelley Taylor, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, começou a explorar se os adultos mais velhos decidiam sobre se um estranho era de confiança ou não de forma diferente dos adultos mais jovens. Fotografias de faces selecionadas por inspirarem confiança, serem neutras ou por não inspirarem confiança foram mostradas a 119 adultos mais velhos (entre os 55 e 84 anos) e a 24 adultos jovens (dos 20 a 42anos). Os participantes foram solicitados a classificar cada rosto como confiável ou quanto se aproximava de o ser. Os cientistas também usaram a ressonância magnética funcional para examinar a atividade cerebral.

Faces neutras e rostos com pistas evidentes de “confiabilidade” foram classificados de forma semelhante em ambos os grupos. No entanto, os adultos mais velhos foram significativamente mais propensos a classificar rostos “não confiáveis” como “confiáveis” do que os mais jovens.

As ressonâncias magnéticas funcionais também revelaram diferenças significativas entre os grupos de idade. Uma área do cérebro associada a "sentimentos viscerais" tornou-se mais ativa nas pessoas mais jovens com a visão de um rosto não confiável. Pelo contrário os sujeitos idosos mostraram pouca ou nenhuma ativação nesta área. Mais estudos serão necessários para entender o porquê.

A confiança equivocada, sem questionamento, pode ter consequências terríveis, especialmente quando se trata de fraude financeira. “Os adultos mais velhos parecem ser particularmente vulneráveis às solicitações interpessoais, e a sua sensibilidade reduzida a estímulos relacionados com a confiança em desconhecidos pode estar parcialmente subjacente a esta vulnerabilidade", diz Taylor.

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