De que forma o exercício físico afecta as respostas regulatórias térmicas em
pacientes com esclerose múltipla (EM), e pode o arrefecimento pré-exercício ajudar a mitigar quaisquer reacções adversas ao exercício nestes indivíduos?

Cinco estudos preencheram os critérios para inclusão nesta revisão, todos aceitando o pressuposto de que os pacientes com EM são geralmente sensíveis ao calor, quer a origem desse calor seja o ambiente externo quer seja o aumento da temperatura corporal,
como ocorre com o exercício.
A maioria dos estudos que utilizou algum tipo de pré-arrefecimento antes do exercício demonstrou melhoria no desempenho físico da pessoa com EM (assim como em indivíduos saudáveis). Este efeito pode durar de 70 min a 2-3 horas após o
arrefecimento. Revisões de literatura identificaram vários métodos diferentes de
arrefecimento, incluindo a ingestão de água com gelo e aplicação de compressas
de gelo, mas os dois métodos preferidos pela literatura são a imersão em banho a 16-17°C e o vestuário de
arrefecimento, como coletes ou combinação colete/chapéu).
Várias ideias têm sido apresentadas para explicar o mecanismo através do qual o o pré-arrefecimento melhora a função motora. Atualmente, descobriu-se que os
efeitos sobre o sistema nervoso central (ao invés de periféricos) ocorrem tanto em indivíduos normais como com EM, com um aumento da
temperatura central, maior em doentes com EM devido à menor amplitude de potencial de
ação muscular e ao tempo de condução motora central ser prolongado no tempo. O arrefecimento pode trabalhar sobre estes aspectos do funcionamento do sistema nervoso para
produzir uma melhoria funcional por um período de tempo após o arrefecimento. Além disso, a
maior capacidade de realizar exercícios resultaria na redução
dos efeitos da fadiga e do desuso muscular comumente vistos como resultado da EM.
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