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sábado, 22 de novembro de 2014

Mobilização do nervo radial reduz a dor do cotovelo em utilizadores de computador

Os utilizadores regulares de computador têm maior risco de desenvolver dor na face lateral do cotovelo.

Teoriza-se que a tensão mecânica adversa pode desenvolver-se no nervo radial como resultado do trabalho estático e sustentado dos músculos extensores que se inserem no cotovelo. Neste sentido a mobilização neural tem sido recomendada como um potencial tratamento.

O objectivo deste estudo foi avaliar o efeito da mobilização neural do nervo radial numa única ocasião em termos da sua capacidade para reduzir a dor lateral do cotovelo. Quarenta e um profissionais de informática (média de 46,7anos; DP 12,77), que tinham experienciado dor lateral do cotovelo por um período médio de 2,87 meses foram recrutados.


Os participantes classificaram a dor usando uma escala numérica verbal. A tensão do nervo radial foi testada usando o teste de tensão do membro superior (ULTT) para o nervo radial em ambos os membros superiores. O nervo radial foi mobilizado usando uma série de oito oscilações e repetido 3 vezes com um minuto de descanso entre elas.

Os testes de dor e tensão neural foram repetidos após o tratamento e os resultados médios relativamente à dor diminuíram significativamente de 5,7 (1,1) para 3,8 (1,4) (p <0,000; valor t = 8,07).

Este estudo concluiu que uma única sessão de 3 de mobilizações neurais resultou numa diminuição de dor em utilizadores de computador com dor de cotovelo lateral. Será necessário um estudo aleatorizado de longo prazo para determinar os efeitos sustentados ao longo do tempo.



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Teste para a epicondilalgia medial do cotovelo


Descrição
Este teste tem o objetivo de determinar a presença epicondilalgia medial do cotovelo.
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Técnica
Com o paciente sentado, o cotovelo a 90º de flexão o antebraço supinado e o punho em flexão, o fisioterapeuta palpa o epicôndilo medial, e oferece resistência à supinação, desvio radial e flexão do cotovelo e punho. O teste é considerado positivo se este movimento provocar a dor do paciente na face medial do cotovelo.

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Neumann, Donald. "Kinesiology of the Musculoskeletal System: Foundations for Rehabilitation." 2nd edition. St. Louis, MO: Mosby Elsevier, 2010. 234-235. 

Teste de Mill

Descrição
O objetivo deste teste é determinar a presença de um epicondilalgia lateral do cotovelo.

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Técnica
O fisioterapeuta deve palpar o epicôndilo lateral, enquanto passivamente faz pronação do antebraço, flexão do punho e extensão do cotovelo. O teste é considerado positivo se reproduzir a dor na face lateral do cotovelo.

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Testes combinados
Este teste pode ser combinado com o teste de Cozen para o diagnóstico de epicondilalgia lateral do cotovelo.


Neumann, Donald. "Kinesiology of the Musculoskeletal System: Foundations for Rehabilitation. 2nd edition." St. Louis, MO: Mosby Elsevier, 2010. 232.




Outros testes para o exame físico da articulação do cotovelo



Teste de Cozen

Descrição
Este teste é utilizado para determinar a presença de epicondilalgia lateral do cotovelo.
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Técnica
Estabilizar o antebraço do paciente e instruí-lo para  fechar o punho, fazer pronação do antebraço, desvio radial, e extensão do punho. Em seguida, o fisioterapeuta palpa o epicôndilo lateral e, com a outra mão aplica uma força de para flexão do punho contra a resistência do paciente. O teste é considerado positivo se for reproduzida a dor na face lateral do cotovelo.

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Neumann, Donald. "Kinesiology of the Musculoskeletal System: Foundations for Rehabilitation." 2nd edition. St. Louis, MO: Mosby Elsevier, 2010. 232.



Outros testes para o exame físico da articulação do cotovelo



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Epicondilite medial do cotovelo


A epicondilite medial do cotovelo, ou cotovelo de golfista, é a síndrome de sobre-uso que está associada a movimentos excessivos de flexão do punho e dedos e pronação do punho.
Esta lesão envolve os músculos e tendões do antebraço, que se estendem desde o punho e dedos até se inserirem, através dos seus tendões, no epicondilo umeral, na face medial do cotovelo. Os tendões mais comummente lesados são o redondo pronador, o flexor radial do carpo e o longo palmar.
A inflamação específica raramente está presente, pelo que o termo epicondilite, originalmente usado para descrever o espectro de lesões que iam desde a inflamação do tendão à ruptura parcial, foi substituído pelo mais genérico epicondilalgia medial do cotovelo.
Esta lesão, causada pelo uso excessivo ou por esforços repetitivos dos flexores e pronadores do punho, é frequentemente observada em praticantes de golfe e lançamento do dardo, mas também é cada vez mais comum em outras actividades repetitivas, como na agricultura ou no teclar.
Dois tipos de início dos sintomas podem ser observados:
  • Início súbito: ocorre num único momento de esforço, em alguns gestos bruscos durante o desporto. Pensa-se que isto corresponderá a uma micro-ruptura no tendão.
  • Início tardio: normalmente ocorre dentro de 24-72 horas após um intenso período de flexão combinada com pronação do punho, principalmente em atleta impreparados. Alguns exemplos podem incluir um jogador de golfe ou o agricultor de fim-de-semana que fez um esforço excessivo.


Sinais e sintomas/ Diagnóstico

  • Dor na proeminência óssea na face medial do cotovelo.
  • Falta de força no pulso.
  • Dor na parte interior do cotovelo, que piora quando pega algo pesado, quando faz flexão do punho resistida ou quando roda o polegar para baixo contra resistência.
  • Cerca de 50% dos casos de epicondilalgia medial do cotovelo têm sintomas neurológicos (formigueiros e parestesias) associados a compressão do nervo cubital.

O diagnóstico de uma epicondilalgia medial do cotovelo é normalmente clínico, baseando-se nos sintomas, na história clínica e no exame físico ao doente. Certifique-se de dizer ao seu médico se já magoou o cotovelo anteriormente ou se tem uma história de artrite reumatóide ou doença do sistema nervoso.

Tratamento

                A maioria dos pacientes com epicondilalgia medial do cotovelo reage bem ao tratamento com fisioterapia. O tratamento, no caso de a lesão se encontrar numa fase aguda, tem como objectivo inicial controlar os sinais inflamatórios, através de:
  • Descanso: Evite actividades que desencadeiam os sintomas, especialmente as que exijam o esforço muscular mantido dos músculos flexores e pronadores do punho e a preensão de objectos pesados.
  • Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente.
  • Compressão: poderá utilizar uma cotoveleira compressiva específica para reduzir o inchaço e proteger o músculo e tendão de novas agressões.
  • Analgésicos e anti-inflamatórios: analgésicos como o paracetamol são geralmente úteis. Ocasionalmente, analgésicos mais fortes podem ser necessários. Os anti-inflamatórios, como o ibuprofeno ou o diclofenaco, poderão ser necessários para controlar a inflamação.

Nesta primeira fase, que pode durar entre 2 dias e 2 semanas, deverá ser identificada a origem dos sintomas, e dadas indicações para a correcção do gesto que desencadeou a lesão. Numa segunda fase o objectivo principal será recuperar a força e mobilidade completas, as seguintes técnicas poderão ser utilizadas:
  • Massagem de mobilização suave dos tecidos deve começar logo após a primeira fase. À medida que o paciente for recuperando deverá ser introduzida massagem transversal profunda para uma correcta cicatrização e reorganização do tecido muscular.
  • Exercícios de alongamento progressivo dos flexores do punho, que deverão ser mantidos por algum tempo depois do final da recuperação
  • Fortalecimento muscular dos flexores do punho e dedos e pronadores do punho, de inicio estático, no entanto, assim que a dor permitir, deverão ser introduzidos exercícios de fortalecimento excêntrico.

Se os sintomas não aliviarem após 6-12 meses de tratamento conservador, a cirurgia poderá ser recomendada. A maioria dos procedimentos cirúrgicos para epicondilalgia, envolvem a remoção da parte de músculo lesada e reinserção da parte muscular saudável no osso.

Exercícios terapêuticos para a epicondilalgia medial do cotovelo

Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma epicondilalgia medial do cotovelo. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.

 Alongamento dos flexores do punho
Em pé ou sentado, estenda o braço para a frente alinhado com o ombro, com a palma da mão virada para a frente. Com a outra mão puxe os dedos em direcção a si. Mantenha a posição durante 20 segundos.
Repita entre 5 e 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



 

Fortalecimento dos flexores do punho
Com o ombro alinhado com o tronco, cotovelo a 90o e palma da mão virada para cima. Fixe o punho com a outra mão e puxe o elástico para cima e em direcção a si. Apenas a mão se deve mover.
Repita entre 8 e 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma. 



Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Epicondilite lateral do cotovelo


A epicondilite lateral do cotovelo, ou cotovelo de tenista, é a síndrome de sobre-uso mais comum de todas e está associada a movimentos excessivos de extensão do punho e dedos.
Esta lesão envolve os músculos e tendões do antebraço, que se estendem desde o punho e dedos até se inserirem, através dos seus tendões, no epicondilo umeral, na face lateral do cotovelo. O tendão mais comummente lesado é o extensor radial curto do carpo.
A inflamação específica raramente está presente pelo que o termo epicondilite, originalmente usado para descrever o espectro de lesões que iam desde a inflamação do tendão à ruptura parcial, foi substituído pelo mais genérico epicondilalgia do cotovelo.
Esta lesão, causada pelo uso excessivo ou por esforços repetitivos dos extensores do punho, é frequentemente observada em praticantes de ténis, badmington ou squash, mas também é cada vez mais comum em outras actividades repetitivas, como na pintura ou no teclar.
Nos atletas, dois tipos de início dos sintomas são comummente vistos:
  • Início súbito: ocorre num único momento de esforço, em alguns gestos bruscos durante o desporto. Pensa-se que isto corresponderá a uma micro-ruptura no tendão.
  • Início tardio: normalmente ocorre dentro de 24-72 horas após um intenso período de extensão do punho, principalmente em atleta impreparados. Alguns exemplos podem incluir um jogador de ténis com uma nova raquete ou o jogador de fim-de-semana que fez um esforço excessivo.


Sinais e sintomas/ Diagnóstico

  • Dor cerca de 1-2 cm abaixo e do lado de fora do cotovelo (epicôndilo lateral)
  • Falta da força muscular do punho com dificuldade em fazer tarefas simples como abrir uma maçaneta de porta ou apertar a mão a alguém.
  • Dor na parte externa do cotovelo, quando se estende mão e dedos para trás contra resistência.
  • Dor ao pressionar (palpação), logo abaixo do epicôndilo lateral do lado de fora do cotovelo.

O diagnóstico de uma epicondilalgia lateral do cotovelo é normalmente clínico, baseando-se nos sintomas, na história clínica e no exame físico ao doente. Certifique-se de dizer ao seu médico se já magoou o cotovelo anteriormente ou se tem uma história de artrite reumatóide ou doença do sistema nervoso.

Tratamento

                A maioria dos pacientes com epicondilalgia lateral do cotovelo reage bem ao tratamento com fisioterapia. O tratamento, no caso de a lesão se encontrar numa fase aguda, tem como objectivo inicial controlar os sinais inflamatórios, através de:
  • Descanso: Evite actividades que coloquem pressão sobre o cotovelo ou que exijam o esforço muscular mantido dos músculos extensores do punho.
  • Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente.
  • Compressão: poderá utilizar uma cotoveleira compressiva específica para reduzir o inchaço e proteger o músculo e tendão de novas agressões.
  • Analgésicos e anti-inflamatórios: analgésicos como o paracetamol são geralmente úteis. Ocasionalmente, analgésicos mais fortes podem ser necessários. Os anti-inflamatórios, como o ibuprofeno ou o diclofenaco, poderão ser necessários para controlar a inflamação.

Nesta primeira fase, que pode durar entre 2 dias e 2 semanas, deverá ser identificada a origem dos sintomas, e dadas indicações para a correcção do gesto que desencadeou a lesão. Numa segunda fase o objectivo principal será recuperar a força e mobilidade completas, as seguintes técnicas poderão ser utilizadas:
  • Massagem de mobilização suave dos tecidos deve começar logo após a primeira fase. À medida que o paciente for recuperando deverá ser introduzida massagem transversal profunda para uma correcta cicatrização e reorganização do tecido muscular.
  • Exercícios de alongamento progressivo dos extensores do punho, que deverão ser mantidos por algum tempo depois do final da recuperação
  • Fortalecimento muscular dos extensores do punho e dedos, de inicio estático, no entanto, assim que a dor permitir, deverão ser introduzidos exercícios de fortalecimento excêntrico.

Se os sintomas não aliviarem após 6-12 meses de tratamento conservador, a cirurgia poderá ser recomendada. A maioria dos procedimentos cirúrgicos para epicondilalgia, envolvem a remoção da parte de músculo lesada e reinserção da parte muscular saudável no osso.

Exercícios terapêuticos para a epicondilalgia lateral do cotovelo

Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma epicondilalgia lateral do cotovelo. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.


Alongamento dos extensores do punho
Em pé ou sentado, estenda o braço para a frente alinhado com o ombro, com a palma da mão virada para si. Com a outra mão puxe os dedos em direcção a si. Mantenha a posição durante 20 segundos.
Repita entre 5 e 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



 Flexão/extensão do punho
Com o antebraço apoiado. Dobre o punho, ficando com a palma da mão virada para si e os dedos para baixo. Rode o punho para cima, ficando a palma da mão virada para a frente e os dedos para cima
Repita entre 15 a 30 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



 Fortalecimento dos extensores do punho
Com o antebraço apoiado e um peso na mão. Puxe o peso para cima. Mantenha a posição durante 8 segundos. Desça lentamente para a posição inicial.
Repita 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma


Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.