sábado, 29 de março de 2014

Sinal de "impingement" talocrural

Descrição
O objectivo deste teste é avaliar se existe algum bloqueio na mecânica da articulação talocrural. 



Técnica
O paciente deve estar sentado com o pé suspenso. O fisioterapeuta segura no calcâneo com uma mão e o antepé com a segunda mão, de forma a trazer o pé para uma posição de flexão plantar. De seguida colocar o polegar sobre o aspecto antero-lateral do tornozelo e trazer o pé para dorsiflexão e eversão. O teste é considerado positivo quando o paciente sente dor com a pressão sobre o tornozelo e quando a resposta à dor é maior com o tornozelo em dorsiflexão e eversão do que em flexão plantar. 



Precisão do teste
Este teste tem uma sensibilidade de 95% e uma especificidade de 88% no diagnóstico de bloqueios na mecânica da articulação talocrural.

Flynn, Timothy. Users' Guide to Musculoskeletal Examination. USA: Evidence in Motion, 2008.


Outros testes para as articulações do tornozelo e pé:



Dicionário Saúde e Fisioterapia

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O



Ossificação formação de ossos a partir de moldes membranosos (ossos chatos) ou cartilaginosos (ossos longos).
Osso qualquer porção do tecido ósseo, com forma e tamanho determinados, que fazem parte do esqueleto animal. A unidade histológica e citológica do osso é o osteócito.
Oste-, Osteo- elementos de composição que denotam relação com os ossos (do grego, osteon = osso).
Osteíte inflamação de um osso, sobretudo da parte cortical; quando a infecção se instala na parte medular, temos uma osteomielite; quando no periósteo, uma periosteíte; quando atinge todo o osso, estamos na presença de uma panosteíte (termo cunhado por Partsch, cirurgião alemão que viveu na segunda metade do século XIX).
Osteíte púbica inflamação da sínfise púbica com dor e desconforto nessa parte do corpo, que pode irradiar para a coxa.
Osteítes tuberculosas inflamações ósseas provocadas pelo bacilo de Koch; se afeta somente o osso, há uma osteíte tuberculosa; se afeta também a medula óssea, uma osteomielite tuberculosa; se afeta todas as partes do osso, uma panosteíte tuberculosa. Pesquisar doença de Pott.
Osteoartrite (Doença degenerativa das articulações) distúrbio degenerativo crónico, afetando primariamente a cartilagem articular com eventual crescimento ósseo nas margens das articulações.
Osteoartrite tuberculosa trata-se de uma inflamação osteoarticular provocada pelo bacilo da tuberculose.
Osteoblastoma caracteriza-se radiograficamente por ser uma lesão lítica que pode ser expansiva e afectar a cortical adjacente. Pode ser tão agressivo que simula uma lesão maligna.


Osteocinemática movimento que ocorre entre dois ossos; envolve o movimento rotatório do osso em torno de um eixo; movimento extracapsular de um osso ao movimentar-se em relação a outro osso estável.
Osteocondrite dissecante inflamação do osso e da sua cartilagem com a respectiva separação.
Osteocondrose transtorno dos centros de ossificação das crianças; caracterizada pela morte do tecido em ausência de infecção.
Osteodermia presença de depósitos ósseos na pele.
Osteodesmose conversão de tendão em osso.
Osteodinia dor no interior de um osso.
Osteodistrofia formação defeituosa de um osso.
Osteodistrofia renal alteração óssea generalizada que se assemelha à osteomalácia e ao raquitismo e que se apresenta em crianças ou adultos com insuficiência renal crónica.
Osteofibroma lesão benigna de aspecto tumoral composta principalmente de tecido ósseo e conjuntivo fibroso.
Osteófito produção óssea anormal, que tem por origem a retoma da ossificação subperiostal ou de uma ossificação endocondral ou de ambos os processos; crescimento ósseo nas margens articulares.
Osteofiebite inflamação das veias do osso.
Osteogénese imperfeita grupo de doenças hereditárias, bem definidas, que apresentam uma fragilidade óssea excessiva responsável por um quadro de fraturas repetitivas que evoluem para deformidades progressivas do esqueleto. Essas deformidades somam-se às manifestações extra-ósseas que envolvem dentes e outros órgãos; doença rara caracterizada por fragilidade óssea, escleras azuis e surdez osteoesclerótica; acredita-se que seja transmitida como caráter autossômico dominante.
Osteóide semelhante a um osso; refere-se geralmente à parte orgânica mole da matriz intercelular óssea produzida por células osteógenas e osteoblastos.
Osteólise processo de reabsorção de um tecido ósseo, podendo destruir o osso quase que completamente.
Osteoma tumor ósseo benigno formado por tecido ósseo maduro, caracterizando-se por ser radiodenso e por acometer, principalmente, os ossos do crânio e da face, sendo considerado como lesões latentes.
Osteoma osteóide lesão óssea benigna caracterizada por apresentar intensa área de tecido reacional circundando uma pequena área osteolítica, geralmente, na diáfise dos ossos longos.
Osteomalácia doença caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos devido à calcificação defeituosa;
afeta geralmente mulheres adultas e parece-se com o raquitismo das crianças.
Osteomielite trata-se de uma infecção no osso, significando envolvimento do canal medular, osso esponjoso e cortical.
Osteomielite aguda inflamação aguda da medula dos ossos, causada geralmente por microorganismos piogénicos de alta virulência.


Osteomiefite esclerosante modalidade de osteomielite, geralmente de curso clínico crónico, assintomática e focal. Acomete com mais frequência mulheres de meia-idade e de cor negra.
Osteonecroses assépticas morte do tecido ósseo que se observa geralmente na cabeça do fémur, com menos frequência no côndilo femoral interno e, em certas ocasiões, na cabeça do úmero.
Osteopatia A osteopatia é um método natural de tratamento e diagnóstico cinesiológico-funcional, que envolve ações terapêuticas de manipulação e ajustamento ósteo-mio-articular. O objetivo é equilibrar o sistema musculoesquelético, melhorando a postura e eliminando dores devido à colocação das articulações nas suas posições mais corretas.
Osteopatias nome genérico das doenças que afetam os ossos, sejam elas infecciosas, neoplásicas ou fibro-ósseas.
Osteoperiostite crónica inflamação crónica do osso e do periósteo.
Osteoporose doença caracterizada pela redução do conteúdo mineral e adelgaçamento das trabéculas ósseas; um declínio da massa e força do osso; atrofia óssea. Pode ser perturbação primária, ou estar associada a outras doenças, a terapias medicamentosas (esteróides), ou ao desuso do sistema musculoesquelético.
Osteossarcoma tumor maligno de osso, que comumente afeta jovens até 25 anos e tem como sítio preferencial a parte proximal da tíbia. O mesmo que sarcoma osteogénico.
Osteossíntese intervenção terapêutica cruenta ou incruenta com a finalidade de reduzir o traço de uma fratura óssea; união de um osso fraturado na sua posição normal.
Osteotomia corte e realinhamento cirúrgico do osso para corrigir deformidade articular e reduzir a dor; procedimento cirúrgico que remove uma porção de osso; ressecção cirúrgica de um osso.
Oxigénio hiperbárico tratamento pelo oxigénio em que o paciente é colocado numa câmara fechada e recebe oxigénio puro através de uma máscara facial. Simultaneamente, é introduzido ar comprimido na câmara para aumentar a pressão atmosférica a várias vezes o normal. Isso equaliza a pressão de dentro e de fora do corpo, inundando, assim, os tecidos com oxigénio.
Oxigenioterapia administração de oxigénio medicinal, via máscara ou cateter nasal, para pacientes com défice de oxigenação.
Oxímetro monitoração da oxigenação de forma não­invasiva e contínua.
Oxímetro de pulso aparelho que capta, através de sensor utilizado geralmente num dos dedos da mão, a quantidade de oxigénio dentro da hemoglobina e o pulso.

Ozono (03) forma triatómica gasosa, tóxica e azul do oxigénio, que se forma naturalmente por uma descarga elétrica através de oxigénio ou pela exposição deste à radiação ultravioleta; produz-se comercialmente fazendo-se passar o oxigénio por placas de alumínio carregadas de 1.000 volts; usa-se principalmente como anti-séptico e desinfetante.


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O


Obesidade estado caracterizado pelo excesso de massa adiposa no organismo, que se traduz por peso superior ao "normal", para idade, sexo e altura, em mais de 25%.
Obliteração desaparecimento ou apagamento de uma cavidade ou de um canal, devido a seu preenchimento com material sólido (obturação) ou por coalescência das suas paredes (oclusão).
Obnubilação estado de apatia e torpor, o paciente revela um pensamento lento e obscuro.
Obstrução impedimento ou bloqueio de uma estrutura, geralmente estreita.
Obtuso obnubilado ou lento, em geral referente ao nível de alerta ou de consciência de uma pessoa.
Oclusão fechamento ou obstrução de um vaso, como uma artéria ou veia, ou de uma cavidade, como a cavidade oral.
Oclusão coronariana obstrução ou estenose de uma das artérias coronárias, que retardam o fluxo sanguíneo para alguma parte do músculo cardíaco.


Oclusão miofascial método de estabilização muscular em seguida à amputação, em que o músculo é suturado à fáscia; é frequentemente usada em combinação com a mioplastia.
Ocronose distúrbio raro, caracterizado por pigmentação escura dos ligamentos, cartilagens, tecidos fibrosos, pele e urina.
Ocupacional relativo ao trabalho.
Odinofagia dor despertada pelo ato de deglutir.
Odinofobia medo anormal de qualquer dor.
Ohmímetro dispositivo que mede a resistência elétrica; medida em ohms.
Olig-, Oligo- elementos de composição que significam pouco, pequeno, deficiente (do grego, ollgos = pouco, pequeno).
Oligoemia redução do fluxo sanguíneo para determinado órgão ou tecido, por estreitamento, espasmo ou doença da artéria que o irriga.
Oligofrenia o mesmo que deficiência ou retardo mental.
Oliva massa oval grande e proeminente situada em ambos os lados do bulbo raquídeo.
OMS Organização Mundial da Saúde.
Onda aguda positiva forma de potencial elétrico associada a fibras musculares fibrilantes; registrada como um potencial de ação bifásico, positivo/negativo, iniciado pelo movimento da agulha, e recorrente em padrão uniforme. A fase positiva inicial é de curta duração, menos de 5 À de amplitude (até 1 mV); a segunda fase negativa é de longa duração (de 10 a 100 m/s) e baixa amplitude.
Onda centimétrica onda com frequência que varia de 3 GHz até 30 GHz e cujo comprimento de onda vai de 10 cm a 1 cm.
Onda curta onda eletromagnética de rádio cujo comprimento está compreendido entre 10 m e 100 m; também chamada de onda decamétrica e onda tropical.
Onda curta contínua onda de rádio na qual as amplitudes das oscilações permanecem constantes.
Onda decimétrica onda com frequências que variam de 300 MHz até 3 GHz e cujo comprimento de onda vai de 10 m a 1 m.
Onda M potencial de ação composto, reproduzido a partir de um músculo por um único estímulo elétrico ao seu nervo motor.
Onicodistrofia qualquer desenvolvimento defeituoso das unhas.
Onicofagia hábito ou vício de roer as unhas.
Onicopatia toda e qualquer afecção das unhas.
Opistótono 1. termo que descreve uma postura anormal, na qual o tónus muscular está alterado devido a um circuito reflexo local onde os potenciais de ação disparados pelo motoneurónio levam à ativação, através de colaterais axonais, da célula de Renshaw e à geração subsequente de um potencial pós-sináptico inibitório no motoneurónio.
Orexia o mesmo que apetite. A falta de apetite é dita anorexia.


Órgão estrutura anatómica diferenciada e integrada por tecidos diversos que concorrem para a execução de determinada função no organismo.
Órgãos cavitários órgãos dotados de cavidades, como estômago, boca, vagina, cavidade pélvica, pericárdica, pleural etc.
Orientação capacidade de o indivíduo se situar no espaço e no tempo, bem como em relação a si próprio.
Orientação espacial psicologicamente, a má estruturação quanto ao espaço manifesta-se, inicialmente, por dificuldade em situar as diversas partes do corpo e suas relações recíprocas. Noções de alto/baixo, em frente/atrás, direita/esquerda são confundidas.
Orientação temporal percepção da sucessão no tempo dos estímulos vindos do meio exterior; percepção do antes e do depois.
Oroterapia recurso terapêutico que consiste em fazer o paciente deslocar-se para um ambiente montanhoso, ou de clima de montanha.
Órtese (do grego, órthosis = ação de endireitar) qualquer dispositivo ou aparelho ortopédico usado para suportar, alinhar, prevenir ou corrigir deformidade ou para melhorar função de partes móveis do corpo.
Órtese para joelho-tornozelo-pé de Craig-Scott 1. esquema ortótico para joelho-tornozelo-pé projetado para pessoas com paraplegia, inventado por Bruce Scott. Cada unidade do par de órteses consiste em barras verticais bilaterais fixadas ao sapato por um estribo, articulação de tornozelo, correia pré-tibial, travas de lingueta com liberação por alavanca, e uma correia simples para a coxa.
Órtese para marcha recíproca órtese para tronco-bacia-joelho-tornozelo-pé consistindo num par de órteses para joelho-tornozelo-pé, às quais é ligado um mecanismo possuindo dois cabos de aço que passam desde a articulação da anca direita para a articulação da anca esquerda. Quando o paciente roda o tronco em direção à esquerda, o membro inferior esquerdo avança.
Ortopnéia dificuldade para respirar deitado: há a necessidade de um ou mais travesseiros para o paciente dormir confortavelmente à noite; dificuldade de respiração em outras posições, que não a "sentada com as costas retas", e na posição "em pé".
Oscilador de alta frequência tipo de ventilação mecânica por pressão positiva com frequência acima de 15 Hz.

Osgood-Schlatter, Doença de aumento de volume da tuberosidade anterior da tíbia acompanhado de dor e edema.



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domingo, 23 de março de 2014

Reabilitação Vestibular num idoso com Hipofunção Vestibular Unilateral – estudo de caso clínico

A idade avançada tem sido associada à diminuição do equilíbrio, mais de um terço dos adultos com mais de 65 anos experiencia pelo menos uma queda por ano. As quedas são frequentemente multifactoriais, mas a disfunção vestibular é um importante fator de risco por si só.

Ao detectar o movimento da cabeça em relação à gravidade, o sistema vestibular envia informações pertinentes para manter a postura erecta e o equilíbrio. Os sintomas da perda vestibular podem incluir tontura, vertigem, oscilopsia, náuseas, nistagmo e vómitos.

Actualmente, a reabilitação vestibular tornou-se uma das modalidades da fisioterapia baseadas em evidência com resultados mais consensuais. Vários estudos recentes sugerem que a reabilitação vestibular isoladamente reduz o risco de queda em pacientes com insuficiência vestibular, que os exercícios vestibulares resultam na melhoria da estabilidade postural e que um programa de exercícios vestibulares personalizado leva à diminuição da tontura e assimetria nos testes de equilíbrio.

Este estudo de caso descreve a análise, avaliação e desenvolvimento de um plano de tratamento para um idoso com a perda vestibular unilateral.

Apresentação do caso clínico

  • Paciente do sexo masculino, 80 anos, reformado, que relata períodos de vertigem com duração de vários minutos e que ocorrem de forma intermitente durante o dia. As tonturas eram descritas como uma sensação de estar sem equilíbrio quando estava em pé parado ou a caminhar, que piorava em ambientes movimentados ou menos iluminados.
  • Estes sintomas fizeram-no interromper os seus hobbies (jogar golfe e ténis) e relatou uma queda no mês anterior, ao subir um lanço de escadas.
  • Também foi relatado zumbido ocasional no ouvido direito e perda auditiva em ambos os lados.
  • Da sua história médica constavam palpitações cardíacas, correção da visão a laser e alergias sazonais.
  • Antes de se apresentar ao departamento de fisioterapia para a avaliação, o paciente foi avaliado por um otorrinolaringologista, sendo que os testes calóricos revelaram uma disfunção unilateral direita de 98,3%. Embora fosse uma disfunção grave, a prova calórica com gelo indicava que ele tinha alguma função vestibular residual. Estes resultados sugerem défice vestibular decorrente de um distúrbio periférico.
  • O paciente era um homem alto, atlético com a postura anteriorizada da cabeça, com diminuição da extensão do joelho à direita e limitação da flexão dorsal do tornozelo bilateral.



Tratamento em fisioterapia

A intervenção inicial (uma única sessão) incluiu exercícios de estabilização do olhar para reforçar a adaptação vestibular.

Para começar o exercício, o paciente estava sentado, e segurou um cartão-de-visita com o braço estendido, de modo que as palavras impressas no cartão fossem legíveis. O paciente foi instruído a mover a cabeça da esquerda para a direita a uma velocidade auto-selecionada, mantendo o material impresso em foco e o cartão quieto, por período de um minuto, três vezes por dia. A frequência e a duração do programa de exercícios para casa foram determinadas com base na avaliação e em investigações anteriores.

A fim de se concentrar nos componentes somatossensorial e vestibular, removendo o estímulo visual, o paciente foi instruído a ficar a um canto, com as pernas e braços afastados de forma a ter uma ampla base de apoio e os olhos fechados, com o objetivo de se manter estável assim por 30 segundos. Depois devia abrir os olhos e abanar a cabeça da esquerda para a direita e depois para cima e para baixo por mais 30 segundos para cada sentido do movimento. Este exercício devia ser executado 3 vezes por dia.

Oito dias após a avaliação inicial o paciente retornou à clínica para acompanhamento. No geral, relatou sentir-se melhor, tolerando melhor os desequilíbrios na marcha. Nos testes reavaliados observaram-se melhorias, à excepção dos reflexos vestíbulo-oculares. Quando ele demonstrou os exercícios vestibulares, o fisioterapeuta observou que ele estava sentado muito mais longe do que o comprimento de um braço do seu alvo. O fisioterapeuta forneceu informações adicionais, reforçando a importância de manter o foco visual na impressão durante todo o exercício.

Ao longo das sessões de tratamento a dificuldade dos exercícios foi aumentando, tanto através da alteração da posição relativa do paciente (começou a fazer os exercícios de estabilização do olhar de pé), como através da inclusão de factores de distracção visual.


Após 4 sessões clínicas ao longo de um período de 5 semanas, o paciente foi reavaliado. Ele relatou que havia retomado o golfe e o ténis e a sua única queixa foi a falta da resistência física.


Conclusão

Este estudo de caso fornece um modelo de programa de reabilitação vestibular baseado em exercícios para casa apoiado por acompanhamento clínico periódico.

Este programa de reabilitação vestibular foi eficaz em diminuir o risco de queda e o aumento da estabilidade do olhar num paciente idoso com hipofunção vestibular unilateral.


Uma estratégia similar pode ser eficaz no atendimento domiciliar e outras configurações de ambulatório, para idosos com deficiência no equilíbrio e histórico de quedas relacionadas com disfunção vestibular ou deficiências na integração sensorial de sistemas visual, vestibular e somatossensorial.


Horning E, Gorman S. Vestibular rehabilitation decreases fall risk and Improves stability gaze for an older individual with unilateral vestibular hypofunction. J Geriatr Phys Ther. 2007; 30 (3) :121-7.


sábado, 8 de março de 2014

Teste de rotação externa para o tornozelo

Descrição
O objectivo deste teste é identificar uma lesão da sindesmose tibio-peroneal (entorse alta do tornozelo).



Técnica
O fisioterapeuta mantém a dorsiflexão do tornozelo enquanto roda externamente o pé mantendo a perna estabilizada. O teste é positivo quando ocorre dor na área sobre a membrana interóssea (região da sindesmose).


Precisão do teste
Este teste tem uma sensibilidade de 20% e uma especificidade de 84,5% no diagnóstico de entorse alta do tornozelo.


Flynn, Timothy. Users' Guide to Musculoskeletal Examination. USA: Evidence in Motion, 2008.

Outros testes para as articulações do tornozelo e pé:



Testes para despistar fracturas da extremidade inferior

Teste de compressão de metatarso
Finalidade: Prever uma fractura do metatarso.

Com o paciente deitado de barriga para cima o fisioterapeuta agarra o metatarso com suspeita de fratura e empurra-o em direcção ao calcâneo, proporcionando uma força de carga axial. O teste é positivo se se reproduzirem os sintomas do paciente.



Teste de toque ou percussão 
Finalidade: Prever uma fratura na extremidade inferior.

Com o paciente descalço deitado de barriga para cima o fisioterapeuta percute o calcanhar do paciente com a palma da mão. O teste é positivo se se reproduzir a pior dor do paciente.



Teste de Vibração 
Finalidade: Prever a presença de uma fractura de esforço. 

Com o paciente deitado de barriga para cima o fisioterapeuta coloca um diapasão no local próximo da suspeita de fratura por stresse e o estetoscópio no local onde suspeita de fractura. O teste é positivo se a qualidade do som for diferente à do lado não afectado.

Teste de compressão dos gémeos ou teste de Thompson

Descrição
O objectivo deste teste é detectar uma ruptura do tendão de Aquiles.



Técnica
Com o paciente deitado de barriga para baixo o examinador comprime suavemente a barriga da perna. O teste é considerado positivo quando o pé não se move ou a flexão plantar é significativamente menor do que no lado oposto.


Precisão do teste
Este teste apresenta uma sensibilidade de 96% e uma especificidade de 93% no diagnóstico de uma ruptura do tendão de Aquiles.

Flynn, Timothy. Users' Guide to Musculoskeletal Examination. USA: Evidence in Motion, 2008.