terça-feira, 29 de outubro de 2013

Dor de cabeça cervicogénica tratada por Positional Release Therapy – estudo de caso clínico

Segundo Dorland, a dor de cabeça é definida como dor em qualquer lugar da cabeça ou pescoço. O cérebro não tem receptores de dor, mas outras áreas da cabeça e pescoço, tais como artérias, veias, nervos cranianos e da coluna vertebral, músculos da cabeça e pescoço e meninges podem sentir dor.

As dores de cabeça cervicogénicas (DCC) têm uma origem muscular e a incapacidade resultante é maior que nas cefaleias primárias. Neste tipo de dor de cabeça, as deficiências e alterações músculo-esqueléticas miofasciais e posturais, como pontos gatilho, são muito importantes.

Um ponto gatilho é um local hipersensível no músculo esquelético que pode ser ativo ou permanecer latente. Quando a avaliação neurológica e de imagem são normais, pontos de gatilho devem ser considerados como a possível etiologia da dor de cabeça.

As opções de tratamento para estes incluem: injeções no trigger point, punção seca, alongamentos, massagem terapêutica e Positional Release Therapy (PRT). PRT é uma técnica na qual os músculos são colocados numa posição de maior conforto e isso faz com que haja uma normalização do tónus muscular e tensão fascial, uma redução da hipomobilidade articular, aumento da circulação e redução do edema, com consequente diminuição da dor e aumento da força muscular.

Apesar de vários estudos relatarem a redução dos sintomas de dor de cabeça após o tratamento de pontos-gatilho por diferentes procedimentos, a eficácia da PRT na melhoria dos pacientes com DCC permanece ainda pouco clara.
Este estudo de caso descreve uma paciente com DCC e pontos gatilho nos músculos cervicais, que foi tratado com PRT.

Apresentação de caso clínico


  • Mulher, 47 anos, com uma dor de cabeça constante e maçante durante 9 meses.
  • A dor formava uma faixa que envolvia o lado direito da cabeça. Raramente vinha acompanhada de náuseas e vómitos.
  • A Ressonância Magnética, exame de sangue, eletromiografia/velocidade da condução nervosa e exame neurológico, realizados sob prescrição de neurologista, foram normais, pelo que a paciente recebeu antidepressivos tricíclicos anti-inflamatórios não-esteróides profiláticos mas, depois de um mês, não houve melhoria nos sintomas.
  • Em seguida a paciente foi encaminhada para um psicólogo mas sem qualquer melhoria. Finalmente, foi encaminhada à clínica de fisioterapia para o tratamento dos seus pontos gatilho nos músculos cervicais.
  • A paciente afirmou que a dor se iniciava a partir do ombro e pescoço e em seguida irradiava para a cabeça.
  • A dor era pior durante atividades como cozinhar ou conduzir em que a cabeça e o pescoço se mantinham numa posição estática .
  • A paciente apresentava um aumento da cifose, ombros rodados à frente e anteriorização da cabeça.
  • A região cervical apresentava-se rígida e a amplitude de rotação estava limitada, ocorrendo o movimento associado de rotação do tronco. Observou-se limitação da amplitude de movimento do pescoço, ombro ou coluna torácica por causa da dor, o que tornou difícil a medição da verdadeira amplitude de movimento.
  • À palpação, havia pontos-gatilho ativos que suscitaram a dor irradiada na cabeça, no trapézio direito, esternocleidomastóideo esquerdo, obliquo superior da cabeça direito e esquerdo, recto anterior da cabeça esquerdo e interespinhoso do segmento de C4.
  • A paciente foi tratada com PRT. Enquanto estava deitada em decúbito dorsal, o fisioterapeuta colocou cada músculo numa posição específica da seguinte forma:

  1. - Trapézio: a cabeça da paciente foi flexionada lateralmente em direção ao ponto gatilho e do ombro foi abduzido a cerca de 90o.
  2. - Esternocleidomastoideu: a cervical média foi marcadamente flexionada e flexionada lateralmente em direção ao ponto gatilho.
  3. - Obliquo superior da cabeça: fez-se extensão do occipital da paciente sobre C1.
  4. - Recto anterior da cabeça: fez-se flexão do occipital.
  5. - Interespinhoso: fez-se extensão modera da cabeça e flexão lateral rotação no sentido contrário ao ponto gatilho.

  • Em cada posição o fisioterapeuta acompanhou o ponto gatilho com o dedo indicador e manteve essa posição até sentir o relaxamento muscular. Isto demorou de 5 a 20 min e cada ponto gatilho foi tratado uma vez em cada consulta.
  • O examinador avaliou a intensidade da dor pela EVA em cada sessão de tratamento. No fim do primeiro tratamento não houve mudança. No final da segunda sessão, a dor reduziu de 10 para 8. Após três sessões de tratamento, a dor de cabeça da paciente cessou completamente.
  • Ao longo dos oito meses seguintes não teve dor e não recorreu a qualquer medicação. Infelizmente, após este tempo e depois de um conflito familiar, a dor de cabeça voltou.


Conclusão



Os autores propõem que a PRT pode ser um tratamento eficaz para pacientes DCC com pontos de gatilho nos músculos cervicais. Esta técnica pode ser usada como uma alternativa ou um complemento para outras terapias. A eficácia desta forma de tratamento deve ser confirmada por mais investigação clínica.


Mohamadi M, Ghanbari A, Rahimi A. Jaberi Tension - Type - Headache treated by Positional Release Therapy: a case report. Man Ther. 2012 Oct, 17 (5) :456-8.

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M


Miosina ATPase enzima que catalisa a reação de actomiosina que é associada com o ciclo das pontes transversas.
Miosite doença inflamatória da musculatura estriada.
Miosite ossificante caracterizada pela formação de uma massa calcificada dentro do músculo, tipicamente várias semanas após a lesão. Esse osso patogénico pode formar-se em contiguidade com o osso normal ou livre de qualquer conexão com o osso, dentro do ventre muscular.
Miotomia secção cirúrgica ou liberação de um músculo; usada na redução da espasticidade.
Miotonia contração lenta, seguida de relaxamento muscular também lento, observada durante os movimentos voluntários, devida a anormalidades na excitabilidade e contractilidade muscular.
Mobilidade primeiro estágio do controlo motor, caracterizado por movimentos aleatórios de completa amplitude; baseada em reflexos.


Mobilização movimentos de alongamento passivos realizados por um fisioterapeuta, com velocidade baixa o suficiente para que o paciente possa parar o movimento.
Mobilização articular movimentos passivos de tração e/ou deslizamento aplicados às superfícies articulares que mantêm ou restauram a mobilidade intra-articular normalmente permitida pela cápsula, de modo que os mecanismos normais de rolamento e deslizamento possam ocorrer à medida que a pessoa se move.
Modelo de três elementos do músculo modelo mecânico do músculo que inclui três elementos: elástico em paralelo, elástico em série e elementos contráteis.
Modelo lambda conceito de que os movimentos são controlados pela variação no limiar do reflexo tónico de estiramento.
Módulo referência a partir da qual se repetem, ou se conectam, outras partes de um todo.
Momento quantidade de movimento que um objeto possui; grandeza vetorial. As unidades SI de medida são kg.m/s (newtons) para o momento linear e kg.m/s2 para o momento angular.
Momento de força efeito rotacional de uma força; torque.
Momento de força residual termo remanescente numa equação de movimento quando todos os outros termos foram determinados. Esse é o procedimento mais comum para calcular a força muscular resultante.
Momento de inércia resistência que um objeto oferece a qualquer mudança no seu movimento angular. Representa a distribuição de massa do objeto no eixo de rotação. O símbolo para momento de inércia é I, e a unidade SI de medida é kg.m2.
Monitor de carga sobre os membros dispositivo para a medição das forças suportadas pelos membros inferiores durante a deambulação ou outras atividades de sustentação do peso.
Monocular uso de um dos olhos, enquanto o outro está fechado.
Monoparesia paralisia parcial ou debilidade de um único membro; diminuição da sensibilidade de somente um dos membros.
Monoplegia paralisia total de somente um dos membros.


Morbidade é a relação entre o número de pessoas sãs e o de doentes, ou de doentes num dado período de tempo e em relação a uma doença específica.
Mortalidade número absoluto de óbitos ocorrido numa população num determinado período, geralmente no ano calendário.
Morte cessação completa e definitiva da vida, seguida da desorganização das estruturas orgânicas e celulares, com extinção das funções neuropsíquicas. A morte cerebral pode preceder a morte do organismo como um todo.
Morte cerebral estado de um paciente em que se comprova: a) inconsciência total; b) ausência de respiração espontânea (ainda que ela possa ser produzida por meio de aparelhos); c) abolição dos reflexos, com hipotonia e midríase fixa; d) traçado eletroeneefalográfico nulo, não obstante a estimulação artificial. Nenhuma dessas condições, isoladamente, justifica a morte cerebral. Mas, quando as quatro estão presentes e irreversíveis por um tempo suficientemente prolongado, pode-se declarar a morte do indivíduo, desde que não tenha havido superdosagem de medicamentos depressores do SNC ou hipotermia profunda.
Morton, Neuroma de lesão dolorosa dos nervos interdigitais da região anterior do pé, ocorre com mais frequência no interespaço entre o segundo e o terceiro dedos.
Motoneurónio neurónio cujo axónio se conecta diretamente às fibras musculares. Representa o estágio final no comando do sistema nervoso e o único meio pelo qual o músculo pode ser ativado.
Motor em Fisiologia, o que compromete ou é relativo a um movimento dos músculos.
Motor delicado tem a ver com os grandes músculos que controlam os movimentos finos, como escrever, pegar em pequenos objetos e fazer trabalhos manuais.
Motor grosseiro tem a ver com os grandes músculos que controlam a postura e os movimentos amplos, como ficar de pé e andar.
Motricidade função desempenhada pelo sistema neuromuscular que assegura os movimentos do corpo em geral, quer sejam eles voluntários, quer involuntários ou reflexos.
Movimento mudança na posição que ocorre num dado intervalo de tempo.
Movimento acessório movimento dentro de uma articulação e tecidos moles vizinhos, que é necessário para a amplitude de movimento normal mas não pode ser realizado voluntariamente.
Movimento ativo assistido movimento executado ativamente por um paciente, com o auxílio dado segundo necessidade.
Movimento ativo de suster-relaxar técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF) que envolve contração isométrica máxima em situação de amplitude encurtada, seguida por relaxamento ativo, movimento passivo na amplitude alongada e movimento resistido, de volta à situação de amplitude encurtada.
Movimento fisiológico movimento que uma pessoa normalmente pode fazer, como flexão, extensão, rotação, abdução e adução.
Movimentos associados normalmente movimentos coordenados que ocorrem na ausência de espasticidade. Eles são vistos na infância quando os movimentos ainda são muito globais devido à imaturidade (p. ex., movimentos em espelho) ou durante uma nova atividade. Eles também podem ser vistos em adultos quando experimentam uma nova função ou quando há esforço.
Movimentos automáticos movimentos que ocorrem sem o pensamento ou esforço; p. ex., músculos que ajudam a manter o equilíbrio, movimentos muito praticados.
Movimentos voluntários movimentos que ocorrem com o pensamento e com intenção.
MRSE (Muscular Resistance to Somatic Effort) contração isométrica sustentada dos músculos em situação de encurtamento, usualmente aplicada aos extensores posturais.
Mulligan técnica de terapia manual que combina a mobilização e manipulação articular com o movimento ativo, objetivando o tratamento de algias e disfunções articulares.
Multigesta diz-se da mulher que já teve mais do que uma gestação.
Multípara que já teve vários partos.
Musculatura conjunto dos músculos de um organismo ou de uma parte do organismo.
Músculo órgão constituído essencialmente de tecido muscular, podendo ser: estriado esquelético, cardíaco e liso; tecido que contém células contráteis capazes de converter energia química em mecânica e que tem as propriedades de irritabilidade, condutibilidade, contratilidade e uma capacidade limitada de crescimento e regeneração.



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M


Mecanismos de fricção dispositivo que permite o ajustamento da resistência à oscilação da unidade de joelho protético.
Mecónio substância viscosa de cor verde-acastanhada que enche os intestinos do feto e é eliminada nos primeiros dias de vida.
Mediadores químicos substâncias que medeiam ou intervêm em uma reação química sem ficarem a fazer parte delas.
Medial na direção da linha mediana do corpo. A coluna vertebral é medial às escápulas.
Medicina tradicional chinesa MTC; constitui-se numa das mais antigas doutrinas médicas da humanidade, ainda em uso corrente e albergando um conjunto de procedimentos terapêuticos, que inclui a acupuntura; a fitoterapia e a dietética; os exercícios físicos; a meditação; a moxabustão; as ventosas; e a estimulação dos pontos de acupuntura através dos dedos e eletroestimulação. Os seus fundamentos surgiram, há aproximadamente 4.500 anos, antes mesmo da Medicina Ocidental, surgida há cerca de 2.000 anos. Todos os seus meios de tratamento são naturais.
Medula oblonga continuação do cérebro em direção à medula espinhal e o local de saída e entrada na maioria dos nervos cranianos dentro do cérebro.


Medula oblonga (Bulbo) porção mais inferior do encéfalo, que controla as funções primárias como a respiração e regulação da temperatura.
Melena evacuação intestinal de sangue negro ou fezes escuras, cor de borra de café, que indica um sangramento nas porções altas do tubo digestivo. A cor resulta da digestão da hemoglobina pelas bactérias intestinais.
Membrana plasmática camada lipídica dupla que é semipermeável e excitável.
Membrana sinovial membrana vascular que secreta fluido sinovial dentro da cavidade articular; tecido complexo, altamente permeável e vascular, que reveste a superfície interior das cápsulas articulares, bem como as das bursas, tendões e ligamentos.
Membro fantasma sensação de um membro que não existe mais, devido a uma amputação. Ocorre logo após a cirurgia, e muitas vezes é descrito como uma sensação de pressão e formigueiro, e algumas vezes de dormência. A parte distal do membro é a mais frequentemente sentida, embora ocasionalmente se possa sentir todo o membro. Pode dissipar-se com o tempo, mas também pode durar toda a vida.
Memória capacidade de recordar o que foi aprendido ou experimentado; processo mental que permite ao indivíduo o armazenamento de experiência e percepções para rememoração numa ocasião posterior.
Memória a curto prazo retenção dc eventos ou do aprendizagem ocorrida há poucas horas ou dias.
Memória a longo prazo compilação das experiências precedentes e das informações adquiridas ao longo de um período de anos.
Meniscectomia procedimento intra-articular no joelho, no qual o menisco (fibrocartilagem) é removido cirurgicamente.
Menisco discóide congénito alteração em que o menisco do joelho se apresenta com um formato discóide, ocupando todo o espaço articular. É mais espesso na altura e côncavo; diferente, portanto, de sua forma convexa e bem adaptado ao côndilo femoral e ao prato tibial.
Menopausa cessação fisiológica da função menstrual das mulheres. O último ciclo menstrual ocorre entre os 35 e 58 anos (geralmente, entre 45 e 50 anos), quando a mulher deixa de produzir óvulos e, portanto, de ser fértil; o que normalmente não deve afetar a saúde, a continuação das atividades habituais e das relações sexuais do casal.
Mesa ortostática equipamento usado para promover o apoio de peso nos membros inferiores. Mesa horizontal que pode ser levantada por alavanca ou eletricidade para a posição vertical ou semivertical, depois de a pessoa ter sido posicionada, com os pés apoiados numa prancha e presa com faixas de segurança.
Mesencéfalo componente do tronco cerebral; emerge anteriormente para dentro do tálamo e do hipotálamo.
Metatarsalgia dor sobre as cabeças metatársicas, para a face plantar do pé, na região correspondente à articulação metatarsofalângica, proximal em relação à articulação interfalângica e hiperextensão distal da mesma articulação.
Método capacitivo em um circuito elétrico, diz-se de um componente que utiliza capacitância.
Mialgia dor muscular, qualquer que seja sua etiologia.
Miastenia doença caracterizada por um esgotamento progressivo e rápido da força muscular dos músculos esqueléticos voluntários, em seguida a uma actividade repetida ou prolongada, e tendência à recuperação após um período de repouso.
Micção ato de urinar; excreção de urina.


Microcefalia cabeça anormalmente pequena, abaixo do percentil normal.
Microfibrila feixe alongado composto de cinco fileiras paralelas de três moléculas de colagénio, orientadas em série.
Microstomia tamanho anormalmente pequeno da boca.
Microtúbulo uma estrutura-guia envolvida no transporte axonal.
Midríase dilatação da pupila que pode ser fisiológica e transitória (acomodação à obscuridade ou à distância), patológica e fixa (casos graves, como hipoxia cerebral, TCE), ou medicamentosa (atropina, álcool, cocaína).
Mielina bainha isolante gordurosa que, nos nervos periféricos, é produzida pelas células de Schwann; substância branca que forma uma bainha em trono das fibras nervosas. Os impulsos nervosos percorrem distâncias significativamente maiores nas fibras mielinizadas do que nas não mielinizadas.
Mielotomia secção de fibras nervosas da medula espinhal; usada na redução da espasticidade grave, minimizada com exercício.
Mímica expressão corporal que, mediante reações fisionómicas e gestos adequados, constitui importante meio de comunicação pessoal e social de ideias e sentimentos.
Mineralização conversão completa de substâncias orgânicas em derivados inorgânicos.
Mioclonia contração rápida e involuntária de um ou mais músculos, que se repete a intervalos variáveis.
Miodese método de estabilização muscular em seguida à amputação, em que o músculo seccionado é suturado ao periósteo ou ao osso.
Mioespasmo contratura espasmódica de um músculo.
Miofasciaterapia método de fisioterapia passiva, que, através da terapia manual, tem o objetivo de inibir os prejuízos funcionais, os espasmos musculares reflexos e a dor consequente da presença dos "pontos gatilhos" miofasciais ativos, devido à dor crónica muscular esquelética.
Miofibrila unidade dentro da fibra muscular; consiste numa organização de sarcómeros em série.
Miofilamentos filamentos grossos e finos da fibra muscular que contêm o mecanismo contrátil.
Mioma neoplasia benigna de tecido muscular liso.
Miopatia qualquer doença que afete o sistema muscular como, por exemplo, as relacionadas com distrofias musculares.
Miopia visão de perto não-comprometida, mas os objetos distantes parecem esborratados.
Mioplastia método de estabilização muscular em seguida à amputação, em que músculo é suturado a músculo; os músculos flexores e extensores seccionados são cirurgicamente ligados; frequentemente usada em combinação com oclusão miofascial.
Miosina principal proteína de filamento grosso da fibra muscular; inclui as pontes transversas. Há várias centenas de moléculas de miosina num único filamento grosso.



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M


Má formação arteriovenosa anormalidade no desenvolvimento embrionário, que provoca a formação de um emaranhado de artérias e veias. Comumente aparece sob a forma clínica de hemangiomas, que não são propriamente tumores, mas hamartomas, que são nódulos palpáveis integrados por elementos celulares presentes normalmente, embora pouco desenvolvidos, no local afetado.
Má postura (Síndrome postural) postura que se desvia do alinhamento normal, mas não tem limitações estruturais.
Maceração amolecimento de um sólido pela exposição à água ou a outro fluido; usualmente, relacionada com a pele.
McKenzie técnica de cinesioterapia para a coluna vertebral, desenvolvida por volta de 1956 pelo fisioterapeuta neozelandês Robin MacKenzie, composta principalmente por exercícios de extensão do tronco, com o objetivo de alcançar a correção postural e alívio de dores vertebrais.
Macrobiose o mesmo que longevidade.
Macroscópio diz-se de qualquer objeto visível a olho nu.


Maitland técnica de terapia manual desenvolvida pelo fisioterapeuta australiano Geoffrey Douglas Maitland em 1953. Trata-se da mobilização e manipulação articular utilizadas em disfunções ortopédicas, que têm como base a recolocação das estruturas nas suas posições normais ou próximas do normal, e a melhoria da amplitude de movimento, para alívio de dores musculoesqueléticas.
Mal asmático crise de asma refratária à administração de medicação habitual e de reversão mais lenta.
Mal de Pott (Doença de Pott) caracteriza-se pela curvatura angular da coluna, de convexidade posterior, resultante da tuberculose instalada principalmente nas vértebras. É uma das modalidades mais comuns de tuberculose óssea, rara hoje em dia.
Mal-estar desconforto corporal que inclui dores e fadiga, como o que acompanha a gripe.
Malformação (Má formação) qualquer anomalia morfológica de um órgão, de parte de um órgão ou de todo o organismo, que resulte de uma perturbação da ontogénese.
Malignidade conjunto das características de uma neoplasia que sugerem um prognóstico desfavorável e uma evolução fatal.
Maligno diz-se das afecções que se agravam progressivamente e, quando não tratadas, podem levar à morte.
Manguito dispositivo em forma de fita, guarnecido internamente por uma câmara de borracha inflável, conectado a uma pêra insufladora de ar e de uma válvula reguladora de entrada e saída de ar de dentro da camada pneumática. Usado, juntamente com o estetoscópio, para aferição de pressão arterial.
Manipulação articular movimentos articulares passivos (realizados por um fisioterapeuta), sem interrupção, rápidos no final do arco de movimento, grau 5 na escala de Maitland, com objetivo de correção de microlesões osteopáticas, ou seja, pequenos desalinhamentos articulares.
Manobra com ambu manobra com balão auto-inflável. Consiste em aumentar o fluxo inspiratório, e durante a expiração associa-se à vibrocompressão.
Manobra de Credé técnica para o esvaziamento de urina de uma bexiga flácida; a pressão é aplicada entre o umbigo e a sínfise púbica, numa direção para cima e para baixo.


Manobra de Spurling flexão lateral da cabeça do paciente; o examinador realiza pressão sobre o topo da cabeça. Considera-se positiva quando ocorre aumento dos sintomas radiculares na extremidade superior.
Manobra de Valsalva 1. esforço expiratório contra uma glote fechada; o paciente deve prender a respiração e fazer força como se fosse evacuar. Isto provoca o aumento da pressão intratecal, agravando os sintomas de eventuais lesões do canal medular.
Manómetro qualquer aparelho ou dispositivo destinado a medir a pressão de um gás ou de um fluido.
Manutenção tónica manutenção dos músculos posturais extensores na situação de total encurtamento, contra a gravidade ou resistência manual.
Manuvacuómetro aparelho utilizado para avaliar a força da musculatura respiratória. Afere a pressão inspiratória máxima (PImáx.) e expiratória máxima (PEmáx.).
Marcha ato ou efeito de andar; padrão de movimento associado a habilidade ortostática (andar ou correr). Deambulação.
Marcha com sustentação parcial do peso modificação do padrão de marcha em três pontos; durante a fase de apoio do membro afetado, parte do peso é aplicada sobre o membro afetado, e parte sobre as canadianas; as canadianas e o membro inferior afetado avançam juntos, e o membro inferior não-envolvido avança para além das canadianas.
Marcha em dois pontos um membro inferior e a canadiana oposta avançam juntos; isto repete-se com a outra canadiana/membro inferior.
Marcha em três pontos marcha sem sustentação do peso; o peso é depositado sobre as canadianas, e não sobre o membro inferior afetado; ambas as muletas avançam, e o membro inferior não afetado ultrapassa as canadianas.
Marcha em quatro pontos uma canaidana é deslocada para a frente, e o membro inferior oposto é avançado; a outra canadiana é deslocada para a frente, e o membro inferior oposto é avançado; padrão de marcha lento e estável.
Marcha reflexa quando seguramos o bebé sob as axilas, inclinamos o seu corpo para a frente e este está com o apoio dos pés sobre uma superfície, o bebé realizará um movimento recíproco dos membros inferiores, como se estivesse a caminhar. Preparação para ficar em pé e andar.
Martelo de reflexos dispositivo clínico, geralmente formado por um cabo rígido e duas extremidades de material de borracha com as quais se percute um certo tendão do corpo para observar a resposta reflexa.
Máscara de Venturi máscara de arrastamento de ar; sistema de oxigenoterapia em que se administram concentrações conhecidas de oxigénio.
Massagem tratamento que consiste em submeter os tecidos moles (em particular a pele e os tecidos subjacentes) a manipulações diversas para atenuar a dor e os espasmos, estimular a circulação muscular, favorecer a circulação de retorno e reabsorção de edemas, e produzir relaxamento muscular.
Massoterapia recurso manual de massagem da fisioterapia, associado a algum tipo de óleo, para o tratamento de dores musculares, de origem nervosa, ou circulatória.
Mastectomia ablação cirúrgica, parcial ou total, de uma mama.
Matriz germinativa estrutura localizada próxima aos ventrículos laterais e ativa durante o período gestacional com alto risco de ruptura e sangramento intracranial.
Mecânica muscular estudo das propriedades mecânicas das unidades geradoras de força do músculo.
Mecanismo auxiliar de extensão mecanismo projetado para auxiliar na extensão do joelho protético durante a parte final da fase de balanço; pode ser uma banda elástica aplicada extremamente, ou uma faixa elástica ou mola no interior da unidade do joelho.
Mecanismo reflexo postural normal expressão usada por Bobath, em referência ao nível de habilidade do controlo postural, composta de 5 componentes essenciais: 1. tónus postural normal; 2. interação recíproca normal dos músculos; 3. reações de rectificação; 4. reações de equilíbrio; 5. reações de proteção.




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