segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Dor no ombro: diagnóstico diferencial - Estudo de caso clínico

Depois das dores na coluna, as dores no ombro são a queixa mais comum relacionada com a sistema osteomuscular. Há evidências de que a dor no ombro é frequentemente recorrente e persistente. 

O diagnóstico diferencial entre disfunções do ombro e disfunções da cervical que causam dor no ombro é importante não só para estudos epidemiológicos, mas também para melhorar o tratamento direcionado e o respetivo prognóstico.

No entanto os testes clínicos para fazer um diagnóstico no ombro não têm bons níveis de confiabilidade ou validade e, para além disso, o valor dos exames de imagem é questionável, comummente se vêm ruturas na coifa dos rotadores que são completamente assintomáticas.

Por isso, tem-se recomendado que estes rótulos diagnósticos sejam abandonados, e, ao invés, os pacientes sejam classificados de acordo com a resposta ao tratamento e às características clínicas comuns.
O Método McKenzie de Diagnóstico e Terapia Mecânica (MDT) utiliza a postura e movimentos repetidos próximos do final da amplitude de movimento, enquanto monitoriza os sintomas e respostas mecânicas, para classificar os pacientes em uma de três síndromes mecânicas: desarranjo, disfunção ou síndrome postural, ou “outro” se não se encaixa nas definições operacionais de uma das síndromes mecânicas.

A fiabilidade do sistema McKenzie tem sido considerada como moderada a boa para os problemas da coluna vertebral e a validade de prognóstico apresenta altos níveis de confiabilidade.
O objetivo deste estudo de caso é demonstrar como um paciente com, aparentemente, um problema no ombro, quando avaliado através do método MDT, respondeu a movimentos repetidos na coluna cervical.

Apresentação de caso clínico

  • Um paciente do sexo masculino de 47 anos de idade foi encaminhado pelo seu médico de família com um histórico de 4 meses de dor intermitente no ombro esquerdo que tinha vindo a melhorar, mas ainda havia dor consistente na elevação do ombro a mais de 90º, pior com abdução do que com flexão. Tinha sido o primeiro episódio do género e os sintomas começaram sem motivo aparente.
  • O paciente trabalhava como técnico de ar condicionado. A única atividade de lazer era assistir televisão, cerca 4h todas as noites, “relaxado” no sofá.
  • A sua única limitação funcional era levantar pesos moderados a pesados devido à dor no ombro.
  • Na primeira avaliação foram obtidos os seguintes resultados: 4/22 na Shoulder Disability Score; 45/60 na Oxford Shoulder function score; 5/10 na escala visual analógica.
  • Os sintomas eram piores à noite e ao levantar pesos e aliviavam com o repouso, spray analgésico e compressas quentes.
  • Uma RM recente relatou uma rutura completa do tendão subescapular, uma hipertrofia e alterações císticas no troquino, espessamento dos tecidos moles com sinovite no intervalo da coifa dos rotadores, tendinose do infra e supra-espinhoso com alterações atróficas no infraespinhoso.
  • Na avaliação física o paciente apresentava uma má postura em sentado e em pé, com uma lordose excessiva da coluna lombar, cabeça projectada para a frente e ombros rodados à frente.
  • Apresentava amplitude de movimento completa, ativa e passiva, de flexão do ombro, abdução e rotação medial e lateral. Na abdução e flexão para além de 90º houve dor, assim como na rotação medial e lateral, embora menor e só no final de amplitude. A Abdução ativa foi o movimento mais sintomático. A força estava preservada.
  • Foram testados movimentos repetidos em posição vertical para verificar se existia um padrão consistente que reproduzisse os sintomas. Como a abdução ativa foi a mais sintomática foi primeira a ser testada.
  • Duas séries de 10 repetições produziram dor que se manteve após o teste. A flexão repetida aumentou ainda mais os sintomas, que se mantiveram piores. Não foi encontrado nenhum movimento que diminuísse os sintomas, nem houve qualquer mudança no padrão da dor.
  • Era nesta fase claro que os sintomas eram afectados pela carga, mas nenhum padrão claro foi encontrado e o padrão de dor não podia ser classificado em qualquer das síndromes mecânicas de MDT nesta fase.
  • Na avaliação seguinte foi testada a coluna cervical. Para permitir uma maior amplitude de movimento foi demonstrado ao paciente como restaurar a lordose lombar e retrair a cabeça. Esta posição aboliu os sintomas agravados pelo teste de movimento repetido do ombro. O teste inicial da cervical mostrou uma perda moderada de retração e extensão, mas sem perda de quaisquer outros movimentos cervicais.
  • Na cervical não houve sintomas antes do teste de movimentos repetidos. A protração repetida da cervical produziu a dor no ombro, que se manteve pior depois do teste. A retração repetida aboliu a dor no ombro, e ao final de mais repetições a dor durante a abdução desapareceu, o que demonstrou uma preferência direccional na coluna cervical.


Tratamento

  • A classificação provisória foi desarranjo cervical. O paciente foi educado no sentido de manter uma boa postura, com a utilização de um rolo lombar, e foi convidado a realizar repetições de 10-12 retrações a cada hora, evitando também posturas provocativas.


  • Vinte e quatro horas mais tarde, o paciente confirmou a realização dos exercícios. Relatou que não sentia dor com o movimento do ombro além dos 90º, mas para além dos 120º tinha uma dor 5/10, mas que desaparecia após o exercício.
  • Após retração repetida com sobrepressão por parte do paciente a dor na abdução para além dos 120º era 2/10. A classificação de desarranjo cervical foi assim confirmada.
  • Na avaliação seguinte, 48h depois, havia dor mínima no final de amplitude de abdução. Assim, foi introduzida a retracção e extensão cervical.
  • Após 10 dias, os resultados foram avaliados por outro fisioterapeuta que não havia sido envolvido no tratamento: 0/22 na Shoulder Disability Score; 55/60 na Oxford Shoulder function score; 0/10 na escala visual analógica.
  • O paciente relatou estar satisfeito e, durante os últimos 10 dias, tinha levantado pesos sem dor. Não houve sintomas em repouso, nem durante o movimento.
  • O paciente foi orientado a prosseguir com as retrações repetidas, incluindo extensão da cervical até ao final de amplitude de movimento.
  • O follow up seguinte foi feito por telefone, depois de um mês, e o paciente encontrava-se assintomático naquele momento. No último follow up, um ano depois da primeira avaliação, o paciente mantinha-se assintomático, mas continuou a fazer os exercícios em alturas em que sentiu maior rigidez ou desconforto.


Conclusão


Este estudo de caso destaca a importância de diferenciar dor no ombro que tem origem no ombro de dor referida com origem na cervical. Este estudo suporta ainda a utilidade clínica da avaliação segundo McKenzie como uma abordagem para fazer este diagnóstico diferencial e respetivo tratamento


Menon A, May S. Shoulder pain: differential diagnosis with mechanical diagnosis and therapy extremity assessment - a case report. Man Ther. 2013 Aug;18(4):354-7.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Dicionário Saúde e Fisioterapia

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L


Lobstein, Doença de quadro clínico de etiologia desconhecida, caracterizada pela fraqueza e plasticidade dos ossos, que podem facilmente sofrer fraturas.
Locomoção capacidade de mover-se pela marcha, deslocando-se de um lado para outro, assegurada por diferentes órgãos (esqueleto, articulações, músculos e nervos, principalmente dos membros inferiores, mas envolvendo o sistema músculo-esquelético na sua totalidade).
Lombalgia dor na região lombar da coluna vertebral.
Lombalgia crónica de origem discal dor na região lombar decorrente de degeneração crónica: espondilopatias, raquipatias, espondilólise etc.
Longevidade duração da vida de um organismo; característica genética das populações de cada espécie de organismos vivos que indica a duração média da vida desse grupo.

Lordose curvatura normal (fisiológica), encontrada nas regiões lombar e cervical, definida como concavidade posterior e convexidade anterior.
Lúdico que se relaciona com brinquedos e jogos, ou utiliza jogos.
Ludoterapia tratamento de pacientes com auxílio de brinquedos e jogos, incluindo jogos desportivos.
Ludwig, Angina de doença infecciosa grave, geralmente odontogénica, envolvendo os espaços submandibular, sublingual e submentual, com dor e edema, sempre localizado na linha média da região submentual; quando não tratada, pode evoluir para mediastinite e morte.
Lumbago dor na região lombar da coluna vertebral, que se manifesta subitamente, em geral depois de um esforço físico.
Lumbago agudo nome genérico que se dá a dores na região lombar.
Lúmen espaço interno de uma estrutura tubular, como um vaso sanguíneo ou o esófago.
Lumpectomia remoção cirúrgica de uma massa de tecido dura, especialmente do peito (técnica cirúrgica actual para o tratamento do cancro da mama).
Lúpus termo geral que se aplica a toda erupção sediada na face e disposta simetricamente sobre as asas nasais e maças do rosto; denota algumas das doenças que se manifestam por lesões cutâneas características. Existem algumas variantes clínicas:
Lúpus eritematoso discóide — doença restrita à pele caracterizada por erupção avermelhada em forma de asa de borboleta, descamativa, sobre o nariz e as maças do rosto; por vezes estende-se sobre o couro cabeludo, causando calvície.
Lúpus eritematoso sistémico (LES) — doença crónica de causa desconhecida, caracterizada normalmente por uma erupção eritematosa na face e em outras zonas expostas à luz; ocorre com muito mais frequência na mulher do que no homem, e mais frequentemente na terceira e quarta décadas de vida; afeta os tecidos conjuntivo e vascular de diversos órgãos, dando lugar a múltiplas manifestações locais e sistémicas; as anormalidades serológicas incluem o VDRL e anticorpos antinucleares falso-positivos, assim com a prova de células LE positiva; os anticorpos anti-DNA parecem ser específicos do LES.
Lúpus pérnio — lesões sarcóides nas mãos e na face, em especial nas orelhas e no nariz.
Lúpus vulgar— infecção cutânea causada pelo bacilo da tuberculose que provoca lesões nodulares de cor pardo-avermelhada, sobretudo na face.
Lúpus Eritematoso Neonatal (LEN) caracteriza-se por alterações cutâneas e/ou cardíacas; as alterações hematológicas ou hepáticas também podem estar presentes, embora mais raramente.
Luxação deslocação dos constituintes de uma articulação, com separação, ruptura ou estiramento dos elementos articulares não-ósseos e deslocamento das superfícies cartilaginosas e ósseas da articulação; pode ter por causa um traumatismo, um defeito congénito ou um processo patológico.

Luxação(ões) congénita(s) da anca condição de deslocamento da articulação da anca em decorrência de malformações congénitas; podem ser uni- ou bilaterais.
Luz visível radiação eletromagnética capaz de provocar uma sensação visual através do olho; energia radiante entre 380 e 760 nm, aproximadamente;
Luz infravermelha — produzida pelos raios infravermelhos.
Luz polarizada — luz cujas vibrações se acham num plano transverso ao raio, em vez de se situarem em todos os planos.
Luz refletida — a que continua o seu trajeto numa direção alterada depois de atingir uma superfície reflectora como um espelho.
Luz refratada — luz cuja direção original é alterada como resultado da passagem para um meio com densidade diferente.
Luz transmitida— luz que passa ou que tenha passado através de um meio transparente.




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Dicionário Saúde e Fisioterapia

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L


Labilidade estado de um ser instável ou mutável.
Lábio glenoidal margem macia e fibrosa que circunda a fossa glenóide e aprofunda a cavidade, proporcionando estabilidade à cabeça do úmero.
Laceração ferida ou dilaceração irregular de tecido.
Lactante mulher que, após o nascimento da criança, atravessa um período de aleitamento.
Lactente criança recém-nascida ou bebé que se alimenta do leite de peito materno.
Laminado de poliéster plástico termofixo, usado na fabricação de pés protéticos rígidos e no acabamento de pilares exoesqueléticos.
Largura da base de sustentação distância linear entre um pé e o pé oposto; medida em centímetros ou metros.

Laringoplegia paralisia completa ou incompleta dos músculos da laringe.
Laser amplificador de luz monocromática muito intensa e orientada numa direção bem definida, que transporta grande quantidade de energia por unidade de tempo.
Latência nos testes de velocidade de condução nervosa, intervalo entre o início de um estímulo e o início de uma resposta.
Latência distal tempo (em ms) para que um potencial de ação se desloque desde o ponto distal de estimulação ao longo de um nervo até o eléctrodo que faz o registo.
Latência proximal tempo (em ms) para que um potencial de ação se desloque desde o ponto proximal de estimulação ao longo de um nervo até o eléctrodo que faz o registo.
Latente que fica oculto.
Lateral diz-se do que está mais afastado do plano mediano do corpo.
Lateralidade uso preferencial, nos atos motores voluntários, de um dos órgãos pares, como o braço, a perna, o olho ou o ouvido, que se desenvolve durante a primeira infância como parte do desenvolvimento do esquema corporal; percepção motora dos dois lados do corpo.
Legg-Calvé-Perthes, Doença de necrose avascular da cabeça femoral que acomete as crianças, em média entre os três e os nove anos de idade.
Lei da ação e reação para toda ação, há uma reação que lhe é igual e contrária.
Lei da aceleração postula uma grandeza orientada que define, num dado instante, a variação de velocidade de um ponto, em magnitude e direção. A unidade de aceleração é, no sistema SI, o metro por segundo ao quadrado [m/s2].
Lei da gravidade todos os corpos se atraem mutuamente com uma força que é proporcional ao produto das suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles.
Lei da inércia força requerida para parar, começar ou alterar o movimento.
Lei de Wolff todas as mudanças na função do osso são acompanhadas de alterações na estrutura interna.
Lei do Valor Inicial (LVI) de Wilder descreve as relações entre um estímulo e uma alteração numa função, a partir de seu nível pré-estimulação, expressa como: "quanto mais elevado o valor inicial de uma função, menor será a alteração ocorrente em resposta a um estímulo incrementador da função"; e "quanto mais reduzido o valor inicial de uma função, menor será a alteração ocorrente em resposta a um estímulo produtor de decréscimo da função."
Leiomioma tumor benigno de musculatura lisa; a forma maligna do leiomioma é o leiomiossarcoma.
LER (Lesão por esforço repetitivo) comumente ocorre em situações em que um determinado movimento é realizado repetitivamente, provocando uma inflamação ou lesão local.
Lesão dano ou traumatismo produzido numa região ou órgão; pancada ou contusão.

Lesão da cauda equina lesão às raízes dos nervos periféricos abaixo da primeira vértebra lombar; é possível alguma regeneração.
Lesão de contragolpe lesão ao cérebro num ponto oposto ao impacto inicial.
Lesão difusa (Lesão de cisalhamento difusa da substância branca) lesão dispersa ocorrente por todo o cérebro, resultando numa degeneração disseminada e grave da substância branca.
Lesão medular completa (LMC) é a lesão completa da medula espinal; é caracterizada pela perda completa da sensibilidade, dos movimentos e do tónus dos músculos inervados pelos segmentos medulares situados abaixo da lesão; também chamada de transecção da medula.
Lesão medular incompleta (LMI) é a lesão que acomete incompletamente a medula espinal, com alguma preservação das funções sensitivas ou motoras abaixo do nível da lesão.
Lesivo que prejudica; que causa dano físico ou moral.
Lesões tendíneas ou tendinosas lesões que afetam vários tendões.
Letal que causa morte.
Letterer-Siwe, doença de Doença grave caracterizada pela proliferação difusa de células reticuloendoteliais (histiocitose X) que frequentemente se sobrecarregam de colesterol, o que se traduz clinicamente, no lactente, por febre, hemorragias com adenopatias e anemia, hepatomegalia, hiperplasia da medula óssea e uma evolução rápida para a morte; no adulto a evolução é mais lenta; frequentemente existem manifestações cutâneas hemorrágicas (púrpuras), anemia e inflamação crónica do ouvido médio.
Levodopa é a tirosina hidroxílica f (forma isomérica de dopa); droga usada no tratamento da doença de Parkinson, empregue para elevar o nível da dopamina nos gânglios de base.
Lidocaína anestésico local, largamente utilizado para anestesia de superfície ou de infiltração.
Ligamento faixa ou lâmina de tecido conjuntivo fibroso, em geral de cor branca, que une um ou mais ossos, cartilagens ou outras estruturas anatómicas; ou que serve de apoio para fáscias ou músculos.
Limiar anaeróbico ponto, durante o exercício, no qual as demandas metabólicas não podem ser atendidas pelo metabolismo acróbico; a adição de fontes anaeróbicas resulta em aumento de energia e aumento de lactato.
Limiar de recrutamento força com que uma unidade motora é recrutada (ativada).
Limiar do potencial de ação potencial de membrana no qual a célula (neurónio ou fibra muscular) irá gerar um potencial de ação.
Limiar motor limiar que tem uma força mínima necessária para provocar uma resposta contrátil de fibras ou grupos musculares ou motores.
Limiar sensitivo limiar que tem uma força mínima necessária para provocar uma resposta sensorial, referindo-se a um estímulo.
Linear caracterizado por uma relação em linha reta.
Linfoedema acúmulo excessivo de fluido extravascular e extracelular nos espaços teciduais.
Linfonodo estrutura oval localizada ao longo do trajeto dos vasos linfáticos. As suas funções são filtrar os ma­teriais estranhos e a produção de linfócitos. Gânglio linfático é uma forma em desuso atualmente.
Linha média no desenvolvimento normal, o próprio centro de gravidade da criança. Isso se desenvolve por causa da lateralidade. Uma criança precisa de ter uma linha média bem definida para desenvolver um senso do espaço à sua volta e para ser capaz de orientar-se no seu ambiente.
Lipídios qualquer das diversas substâncias, como gorduras, , fosfatídios, cerebrosídios e compostos relacionados e derivados combinados com proteínas e hidratos de carbono; constituem os principais componentes estruturais das células vivas.
Lipoma neoplasia benigna do tecido adiposo, formada por células diferenciadas (maduras).
Lipoproteína complexo de moléculas de lipídio e proteína, que transporta lipídios (primeiramente colesterol e triglicerídeos) de um órgão para outro. As lipoproteínas são classificadas pela densidade, como de alta densidade (HDL), baixa (LDL) e muito baixa (VLDL). As lipoproteínas solubilizam lipídios que, sob outra situação, são insolúveis em água, e dirigem cada tipo de lipídio para determinados locais do organismo.
Litíase biliar formação de cálculos na vesícula biliar.
Lobectomia remoção cirúrgica de um lobo de um pulmão.




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J



Jensen, Doença de modalidade de coreorretinite.

Joanete inflamação e espessamento da bolsa articular do hálux, acompanhada em geral de crescimento importante da articulação e desvio lateral do hálux.

Junção neuromuscular sinapse entre o motoneurónio e a fibra muscular; também conhecida como placa terminal motora.
Justa- prefixo que indica proximidade; p. ex., justaarticular, justa-espinhal, justa-glornerular.
Juventude período da vida que se estende entre a infância e a vida adulta.


K


Kabat técnica de reeducação neuromuscular, indicada principalmente para pacientes neurológicos, idealizada pelo médico Dr. Hermann Kabat. Ver Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva.
Kala-azar forma visceral da leishmaniose, doença causada pela Leishrnania donovani.
Kelvin relativo à escala absoluta da temperatura.
Klapp, método série de exercícios em posição de gato, com o objetivo de correção dos desvios laterais da coluna vertebral (escoliose).
Kwashiorkor síndrome de deficiência nutricional em crianças, devida a uma ingestão inadequada de proteínas em relação às calorias ingeridas; provoca edema, apatia, anorexia, diarreia e lesões da pele, com baixas proteínas séricas de forma característica, especialmente albumina.





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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Dicionário Saúde e Fisioterapia

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I


Inguinal relativo ao canal inguinal na virilha.
Inibição habilidade de preterir uma ação em favor de outra. Isso inclui as reações normais à estimulação, ou seja, respostas que estão numa relação apropriada (adequada) à intensidade e tipo de estímulo, à escolha do tipo de reação e da resposta localizada.
Inibição ativa técnica na qual o paciente relaxa reflexamente o músculo a ser alongado antes da manobra de alongamento. Quando um músculo é inibido (relaxado), ocorre resistência mínima ao seu alongamento. As técnicas de inibição ativa relaxam somente as estruturas contráteis dentro do músculo, não os tecidos conectivos. Esse tipo de alongamento é possível somente se o músculo a ser alongado tiver inervação normal e estiver sob controlo voluntário. Não pode ser usado em pacientes com fraqueza muscular intensa, espasticidade ou paralisias devidas à disfunção neuromuscular. Existem três variações das técnicas de inibição ativa: 1. contração-relaxamento, 2. contração-relaxamento-contração; 3. contração do agonista.

Inibição motora restrição ou detenção de uma atividade motora específica.
Inibição passiva ocorre quando não há a participação reflexa do músculo. Pode decorrer da ação do fisioterapeuta ou resultar da ação de algum instrumento ou aparelho.
Inibição pré-sináptica hiperpolarização (inibição por meio de um potencial sináptico) de um axónio na região justamente antes de ele fazer contato sináptico com a célula-alvo.
Inibição recorrente circuito reflexo local onde os potenciais de ação disparados pelo motoneurónio levam à ativação, através de colaterais axonais, da célula de Renshaw e à geração subsequente de um potencial pós-sináptico inibitório no motoneurónio.
Iniciação rítmica (IR) técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF), que envolve o relaxamento voluntário, seguido por movimentos passivos, ativo-assistidos e, finalmente, sob leve oposição do padrão agonista.
Injeção intratecal injeção central (dentro do canal medular) de agente químico que interrompe o arco reflexo; usada na diminuição da espasticidade grave.
Inócuo que não produz dano. Inofensivo.
Insidioso diz-se de um processo patológico ou doença que se instala lenta e discretamente, sem sinais e sintomas aparentes, até apresentar uma quadro característico ou grave.
Inspeção uma das etapas iniciais do exame físico do paciente, que se completa com a palpação, a percussão e a auscultação.
Inspiração entrada de ar para os pulmões.
Inspirómetro de incentivo terapia de expansão pulmonar. Aparelho para auxiliar os exercícios respiratórios. Forma visual do volume de ar inspirado durante a respiração profunda.
Instabilidade articular frouxidão ou incapacidade de sustentar as cargas fisiológicas normais sem deformação mecânica.
Instrumento de incentivo qualquer instrumento, aparelho ou dispositivo que estimule mecânica ou psicologicamente a progressão de um tratamento ou procedimento fisioterapêutico.
Insuficiência estado de um órgão ou sistema incapaz de realizar plenamente as suas funções.
Insuficiência cardíaca congestiva permanência do sangue nas veias que conduzem ao coração; frequentemente acompanhada pela acumulação de fluido em diversas partes do corpo (edema).
Insuficiência respiratória incapacidade do sistema respiratório em manter a oxigenação e/ou a ventilação.
Insuficiência respiratória crónica agudizada pacientes portadores de insuficiência respiratória crónica com quadro agudo de descompensação.
Integração reflexa contribuições normais que os reflexos dão ao controle regulatório da postura e do movimento.
Integrina proteína transmembranar que pode servir para conectar miofibrilas à matriz extracelular do tecido conjuntivo.

Intensidade grau de atividade, tensão, força etc., em geral de grande magnitude.
Intensificador de imagem em Radiologia, instrumento electrónico para a intensificação da imagem fluoroscópica.
Interarticular localizado entre duas ou várias partes ósseas que se articulam.
Interlinha articular zona linear, clara, que fornece na radiografia a projeção do espaço compreendido entre as duas superfícies ósseas de uma articulação espaço normalmente ocupado pelas cartilagens articulares que são transparentes aos raios X.
Intermuscular localizado entre dois ou vários músculos.
Interneurónio neurónio cujo axónio é confinado aos limites da medula espinhal.
Interneurónio inibitório Ia interneurónio que é excitado por aferentes do grupo Ia e por impulsos supra-espinhais. Esse interneurónio exerce um efeito inibitório sobre os outros neurónios, especialmente os motoneurónios (p. ex., reflexo de inibição recíproca).
Intersticial diz-se de tudo que está situado entre os elementos de um tecido ou de um órgão e, em particular, do que se encontra no tecido conjuntivo de sustentação de um órgão ou se relaciona com ele.
Intertrocantérico que ocorre entre o trocânter maior e o trocânter menor.
Intervenção precoce refere-se aos serviços prestados a crianças entre o nascimento e os 2 anos de idade, com atraso do desenvolvimento neuro-psico-motor ou que correm esse risco.
Intervertebral localizado entre duas vértebras.
Intracelular diz respeito ao interior da célula, dentro da célula.
Intubação intubação traqueal, intubação orotraqueal, endotraqueal. Processo de colocação de uma cânula plástica, por via nasal ou oral (intubação via endonasal, endooral), mas todas endotraqueais.
Invaginação intestinal estado em que uma parte do intestino se desliza no interior de um segmento adjacente; ocorre principalmente na união ileocecal, causando sintomas abdominais agudos; observa-se mais frequentemente nas crianças.
Inversão agonista (IA) técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF) envolvendo tanto as contrações resistidas concêntricas quanto as excêntricas, do padrão agonista.
Inversões lentas técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva que envolve a alternância de contrações isotónicas, primeiramente do padrão agonista e, depois, antagonista.
Íris diafragma ocular, situado na frente da lente (cristalino), com abertura central circular de diâmetro variável, a pupila.
Irite inflamação da íris, caracterizada por congestão da região, dor, fotofobia, contração da pupila e descoloração da íris.
Irritabilidade habilidade de responder a um estímulo.
Isocinético movimento onde a velocidade angular utilizada para deslocar um segmento corporal é constante.
Isoforme proteína que é sintetizada com uma composição de aminoácido um pouco diferente; também chamada isoenzima.
Isométrica condição mecânica em que o torque muscular é igual ao torque da carga e, como consequência, o comprimento total do músculo não se altera.
Isométricos alternados (IA) técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF) que envolve contrações isométricas alternadas, primeiro dos agonistas, depois dos antagonistas. Manutenção resistida, em situação de encurtamento.
Isotónica condição em que um músculo se contrai e realiza trabalho contra uma carga constante.
Isquemia anemia localizada devida à redução do fluxo sanguíneo para determinado órgão ou tecido, por estreitamento, espasmo ou doença da artéria que o irriga; deficiência local e temporária do suprimento sanguíneo numa parte do corpo, devida à obstrução da circulação, normalmente causando morte ou necrose tecidual.




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