terça-feira, 22 de outubro de 2013

Protocolo de reabilitação para a fratura de Colles

A fratura de Colles é uma fratura distal do rádio que ocorre até 2,5cm acima do punho e com angulação dorsal no local da fratura. O mecanismo mais comum de lesão é uma queda sobre a mão ao tentar amparar a queda.

Embora haja um bom prognóstico para fazer uma recuperação completa, os seguintes fatores podem influenciar a consolidação da fratura e recuperação mais lenta: a idade do paciente, o caráter da fratura, doenças sistémicas, doença óssea, osteoporose e osteopenia.

Com base no Guide to Physical Therapist Practice, desenvolvido pela APTA, o prognóstico para uma fractura de colles tratada conservadoramente é de 3-6 meses de reabilitação pós-fratura (entre 6-18 tratamentos de fisioterapia), quando tratada cirurgicamente, a reabilitação para uma fratura de colles estima-se entre 1-8 meses (entre 6-70 tratamentos de fisioterapia)


Protocolo de reabilitação para o tratamento conservador da fratura de Colles


Fase aguda (0-8 semanas)
Objetivos: Proteção com tala para o antebraço; controlo da dor e do edema; manutenção da amplitude de movimento dos dedos, cotovelo e ombro.
Intervenções
  • Mobilização passiva e ativa dos dedos, cotovelo e ombro
  • Elevação de mão e dedos para controlar o edema
  • Remover tala para o antebraço entre 6-8 semanas


Fase sub-aguda
Objetivos: controlo da dor e edema (TENS , gelo); ganho de amplitude de movimento; retorno progressivo às atividades da vida diária (AVDs)
Intervenções
  • Mobilização passiva e ativa dos dedos, cotovelo e ombro
  • Mobilização para flexão/extensão do punho, supinação/pronação do antebraço
  • Mobilização passiva de baixa carga e alongamento prolongado


Fase final
Objetivos: Recuperar a totalidade da amplitude de movimento; iniciar o fortalecimento; retorno total às atividades da vida diária (AVDs)
Intervenções
  • Continuar todos os exercícios de amplitude de movimento
  • Progredir para o fortalecimento de todas as articulações



Protocolo de reabilitação para o tratamento cirúrgico da fratura de Colles


Fase aguda (1-3 semanas)
Objetivos: proteger a sutura cirúrgica; controlo da dor e do edema (TENS e gelo); manutenção da amplitude de movimento dos dedos, cotovelo e ombro
Intervenções
  • Elevação
  • Mobilização passiva suave de punho e antebraço
  • Mobilização ativa dos dedos, cotovelo e ombro
  • Imobilização estática a 300 de extensão do punho para durante o dia
  • Retorno gradual a AVDs que envolvam pesos menores que 2Kg


Fase sub-aguda (4-7 semanas)
Objetivos: protecção; controlo da dor e edema (TENS , gelo, massagem); aumentar a amplitude de movimento;
Intervenções
  • Mobilização passiva de carga baixa e alongamentos prolongados dos movimentos do punho
  • Interromper progressivamente o uso da tala
  • Aumentar as AVDs dentro da tolerância do paciente


Fase final (8-12 semanas)
Objetivos: amplitude de movimento completa; começar o fortalecimento
Intervenções
  • Mobilização ativa de todos os movimentos do punho progredindo para exercícios isométricos e, em seguida, exercícios resistidos com halteres e elásticos
  • Fortalecimento da preensão plantar
  • AVDs avançadas


Modalidades


Crioterapia
A crioterapia também pode ser combinada com compressão e elevação para tratar o edema e a dor. Deve ser aplicada à área entre 10-15 minutos, em intervalos de 2 horas.

Massagem para o edema
Pode ser realizada 3x/semana durante 4 semanas seguido por 2x/semana por 2 semanas. Neste estudo todos os tratamentos foram combinados com exercícios de fortalecimento e alongamento. A massagem para o edema deve ser realizada em primeiro lugar, com atenção à anatomia do sistema linfático.

Estimulação Elétrica
O uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) pode ser iniciado em qualquer fase da reabilitação para tratar a dor, mas é particularmente útil para os pacientes que estão a aumentar o nível de atividade do punho. O TENS convencional é útil para interromper o ciclo de dor através de uma sessão de tratamento prolongado.



American Physical Therapy Association. Guide to physical therapist practice. 2nd edition. American Physical Therapy Association. Phys Ther. 2001;81(1):9-746.
Smith D, Henry M. Volar fixed-angle plating of the distal radius. J Am Acad Orthop Surg. 2005;13:28-36
Slutsky DJ, Herman M. Rehabilitation of distal radius fractures: a biomechanical guide. Hand Clin. 2005;21(3):455-468.
Krischak GD, Krasteva A, Schneider F, Gulkin D, Gebhard F, Kramer M. Physiotherapy after volar plating of wrist fractures is effective using a home exercise program. Arch Phys Med Rehabil. 2009;90(4):537-544. 
Kisner CC, LA. Therapeutic exercise. foundations and techniques. 5th ed. Philadelphia: F.A. Davis Company; 2007:928.
Pho C, Godges J. Colles' fracture. KPSoCal Ortho PT Residency: http://xnet.kp.org/socal_rehabspecialists/ptr_library/04WristandHand%20Region/20Wrist-CollesFracture.pdf


2 comentários:

Daniel disse...

Ola tive una 528 sera tres fios sera q volta de novo a minha mao abc

Daniel disse...

Ola tive una 528 sera tres fios sera q volta de novo a minha mao abc

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