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sábado, 15 de novembro de 2014

PEDro anuncia os 15 estudos mais influentes na área da fisioterapia

Para celebrar o seu 15º aniversário, a Base de Dados sobre Fisioterapia baseada na evidência (PEDro), que é um parceira profissional oficial da WCPT e tem indexados mais de 28 mil guidelines, ensaios e revisões, publicou a lista dos artigos que mais influenciaram a prática clínica da fisioterapia. 

Estes incluem estudos sobre dor nas costas, lesões desportivas, envelhecimento, incontinência de esforço, reabilitação pulmonar e de acidente vascular cerebral e foram compilados por nomeação dos usuários PEDro e posteriormente julgados por um painel de fisioterapeutas investigadores internacionais.

"Estes são os ensaios inovadores que mudaram o modo como as pessoas são tratadas por fisioterapeutas e outros profissionais de saúde devido a uma variedade de condições e todos eles marcam marcos importantes na evolução do tratamento de fisioterapia. "

Os 15 melhores ensaios são:




"Esta é uma lista fascinante", disse Tracy Bury, Diretor de Política Profissional da WCPT. "Nem todos vão concordar com ela, mas é um grande exemplo de como a recolha de evidência a partir de pesquisa de alta qualidade tem mudado a prática da fisioterapia para o benefício dos pacientes."


terça-feira, 1 de abril de 2014

Mamografia - Será realmente importante?

As neoplasias da mama não palpáveis e detetadas por mamografia são mais pequenas que as detetadas pelo exame físico o que lhes confere um melhor prognóstico.
A mamografia periódica é feita com o intuito de reduzir a mortalidade por cancro da mama.

Para avaliar o benefício da mamografia periódica e da palpação mamária na redução da mortalidade por cancro da mama foi iniciado no Canadá, em 1980, um estudo randomizado e controlado em 89 835 mulheres, com idades entre os 40 e 59 anos. 


Foram incluídas apenas as mulheres que cumprissem o critério da idade, não tivessem realizado nenhuma mamografia nos últimos 12 meses, não se encontrassem grávidas e não tivessem antecedentes de neoplasia mamária. Foram então divididas, aleatoriamente, em dois grupos: o “grupo da mamografia”, em que durante 5 anos realizaram mamografia anualmente e palpação mamária por profissionais treinados e no “grupo controlo” em que preenchiam anualmente um questionário e, caso tivessem mais de 50 anos, também seriam submetidas a palpação mamária, sendo o restante acompanhamento feito no âmbito dos cuidados primários de saúde.

O período de rastreio ocorreu nos primeiros 5 anos após a randomização e o período de follow-up foi a partir do 6º até ao 25º anos.


RESULTADOS

Legenda: mortes           Ca- cancro


Durante todo o período do estudo, 3250 mulheres no grupo mamografia e 3133 no grupo controlo tiveram o diagnóstico de cancro de mama, e 500 e 505, respectivamente, morreram por esse motivo. Assim, a mortalidade por cancro de mama foi semelhante entre as mulheres nos dois grupos.

Após 15 anos de follow-up um remanescente de 106 cancros foi observado no grupo da mamografia, atribuível ao sobrediagnóstico representando 22% de todos os tumores invasivos detectados, ou seja, uma em cada 424 mulheres que realizaram a mamografia.

Os resultados deste estudo podem não ser generalizáveis a todos os países, podendo a deteção precoce ser mais benéfica nas comunidades onde a maioria dos cancros que se apresentam clinicamente são de grandes dimensões e nódulo positivo.

No entanto, nos países tecnicamente avançados a mamografia anual em mulheres com idades entre 40 e os 59 anos não reduziu mais a mortalidade do que o exame físico e cuidados gerais. Os dados sugerem portanto que o valor da mamografia deve ser reavaliado.


“Twenty five year follow-up for breast cancer incidence and mortality of the Canadian National Breast Screening Study: randomised screening trial”, BMJ 2014;348:g366, Published 11 February 2014

 Autora:
Dra. Maria Clara Baldaia
Interna Complementar de Medicina Geral e Familiar na USF Santa Luzia

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Radiculopatia cervical - estudo de caso clínico

A radiculopatia cervical (RC) é uma condição patológica na raiz dos nervos cervicais (RNC), que pode levar à dor crónica e incapacidade. O início desta condição é geralmente insidioso e mais comumente é causado por perturbação do disco cervical ou outra lesão que ocupe o espaço reservado à passagem do nervo, resultando em inflamação da raiz nervosa, compressão ou ambos.

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A presença de estímulos lesivos ao redor da RNC altera a sua estrutura e função normais, conduzindo eventualmente à inflamação neural, ao edema, à hipoxia, isquemia e/ou fibrose, limitação do movimento de deslizamento e aumento da mecanosensibilidade. Com base neste conceito, muitas intervenções terapêuticas manuais têm sido propostas para restabelecer estas alterações e, portanto, para eliminar a dor e incapacidades causadas pela RC.

O objetivo deste estudo de caso é apresentar o efeito da tração cervical combinado com mobilização neural na dor e incapacidade de um paciente com RC.

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Apresentação de caso

  • A paciente apresentou-se com uma história de dor cervico-braquial neurológica com dois meses de duração.
  • Os sintomas tiveram início súbito, sem nenhuma causa aparente, e eram:
  1. Dor em queimação constante abaixo do lado occipital e esquerdo do pescoço (dor A - 4/10)
  2. Dor tipo choque eléctrico constante, irradiando a partir da face lateral do ombro esquerdo para a articulação do cotovelo (dor B - 4/10).
  3. Sensação de formigueiro que ocorre na face lateral da articulação do cotovelo.
  • Há três semanas atrás, e sem nenhuma razão aparente, a intensidade dos sintomas aumentou significativamente (dor A - 8/10, e dor B - 7/10), afetando o trabalho da paciente como administrativa e forçando-a a visitar um médico ortopedista.
  • Raios-X, ressonância magnética e tomografia computadorizada da coluna cervical indicaram um diagnóstico de RC, devido a estenose foraminal cervical entre C4-C5.
  • Os sintomas foram relacionados e agravados (dor A - 10/10, Dor B - 10/10) com certos movimentos do pescoço (extensão, rotação ipsilateral e inclinação) ombro (abdução), cotovelo (extensão completa) e punho (extensão).
  • O consumo de anti-inflamatórios não-esteróides por parte da paciente não proporcionou qualquer alívio da dor.

Exame Físico

  • A observação da postura da paciente em posição de pé e sentado ao computador revelou uma postura anteriorizada da cabeça, em que a parte superior e inferior da coluna cervical estavam em extensão e flexão, respectivamente.
  • A correção da postura da cabeça agravou os sintomas da paciente.
  • No exame neurológico, o dermátomo C5 demonstrou redução da sensação ao toque leve.
  • Diminuição da resistência do deltóide esquerdo (3/5) e bíceps (4/5), mas o reflexo de C5 foi normal.
  • Foram aplicados movimentos combinados à coluna cervical para avaliar se os sintomas da paciente eram devidos à estenose foraminal:
  1. A aplicação da extensão do pescoço combinada com rotação ipsilateral e flexão lateral agravou a dor A e B, enquanto a aplicação de flexão do pescoço combinada com rotação contralateral e flexão lateral foi menos dolorosa.
  • Uma série de diagnóstico clínico que consiste na aplicação da manobra de Spurling, teste de Distracção da cervical, teste de tensão neural do membro superior (nervo mediano) e rotação ipsilateral do pescoço (inferior a 60º) foi realizada para confirmar o diagnóstico de RC. Todos os testes foram positivos, porque reproduziram ou aliviaram os sintomas da paciente.
  • Foram aplicados movimentos acessórios passivos intervertebrais póstero-anteriores, grau IV, como descrito por Maitland, sobre todos os processos espinhosos cervicais e identificando C4-C5 como o nível mais afectado.

Tratamento

  • A paciente foi convidada a participar de 12 sessões de tratamento (três vezes por semana durante quatro semanas).
  • Em cada sessão, ela foi colocada em decúbito dorsal, com o pescoço em posição neutra, recebendo tração cervical intermitente grau III e técnicas de mobilização neural (TMN) para deslizamento do nervo mediano, realizados de forma lenta e oscilatória.
  • Foram aplicadas 6 séries de tração cervical, simultaneamente com a mobilização neural, por sessão. A tracção cervical foi aplicada por um fisioterapeuta assistente e mantidas durante 1 min e durante este período o fisioterapeuta principal aplicou as mobilizações neurais.
  • Tração cervical e mobilizações neurais foram aplicadas ao mesmo tempo e cada série foi seguida por um período de repouso de 30s.
  • Foram recolhidos os resultados no início e após 2 e 4 semanas de tratamento.

Resultados


Conclusões

Este estudo descreve o efeito da tração cervical combinada com mobilização neural sobre a dor e incapacidade num caso de RC. Estas técnicas foram aplicadas simultaneamente, em vez de separadamente, por duas razões:

  • Para proporcionar uma gestão mais eficaz da dor, devido à sua ação analgésica. Portanto, neste caso clínico foi levantada a hipótese de que a utilização simultânea das duas modalidades vai potenciar o efeito analgésico da terapia manual no tratamento da RC.
  • Para evitar possível agravamento da dor. Na compressão da raiz do nervo, a presença de estímulos mecânicos pode não permitir a sua mobilização e isto pode aumentar a dor devida a RC. Assim, a tração cervical foi aplicada para alongar o foramen neural cervical em C4-C5 e descomprimir a raiz do nervo C5 enquanto se aplicavam as mobilizações neurais.
Verificou-se que a utilização simultânea de tracção cervical e TMNs pode tratar esta patologia em particular. Futuros estudos utilizando amostras maiores e medidas objetivas são necessários para melhorar ainda mais o nosso conhecimento sobre o efeito analgésico da tração cervical combinada com mobilização neural sobre as RC.




Savva CGiakas GThe effect of cervical traction combined with neural mobilization on pain and disability in cervical radiculopathy. A case report. Man Ther. 2012 Jul 17.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Dor lombar no pós parto - estudo de caso clínico


As fraturas por stress, ou fraturas de fadiga/insuficiência ocorrem quando o osso normal é colocado sob níveis de stress invulgarmente elevados.

As fraturas de stress do sacro são uma fonte muito pouco comum para a dor lombar e podem ser facilmente confundidas com várias outras condições clínicas observadas por um fisioterapeuta.

Durante a gravidez, a mãe tem de se adaptar não só às crescentes exigências metabólicas associadas ao feto, mas também ao aumento da tensão mecânica sobre as suas articulações. A verdadeira incidência das fraturas de stresse do sacro pos-parto não é conhecida, mas existem vários casos clínicos relatados na literatura.

O objetivo deste estudo é descrever o caso clínico de uma paciente com dor lombar pós-parto, ilustrando aspectos pertinentes do diagnóstico diferencial e problemas da gestão terapêutica.

Apresentação clínica

  • Mulher de 31 anos (160 cm de altura e 75 kg) foi encaminhada para fisioterapia pelo Médico de família
  • Queixa de dor do lado direito da lombar, há já 14 meses.
  • Nega parestesia ou anestesia.
  • Sintomas agravam se ficar de pé por 2h ou mais e se andar mais de 30 min.
  • Sintomas aliviam quando está sentada, deitada e quando puxa os joelhos ao peito.
  • Sem rigidez matinal, dor noturna, alterações de peso ou sintomas constitucionais.
  • Este episódio de dor lombar teve início durante o terceiro trimestre da gravidez da sua segunda filha, que tinha sido há 11 meses, um parto vaginal normal.
  • A dor persistiu após o nascimento e aumentou gradualmente em intensidade durante os últimos 6 meses.
  • A paciente associa os seus sintomas aos 20 kgs de peso ganho durante a gravidez e com a sua dificuldade em retornar ao seu peso pré-gravidez de 55 kgs.
  • A paciente apresentou-se ao médico de família quando a dor piorou, 6 meses após o nascimento. Este solicitou raios-X à coluna lombar e encaminhou para fisioterapia.
  • Da história clínica da paciente apenas consta um episódio de dor lombar semelhante durante a gravidez da sua primeira filha, 11 anos antes, que havia sido resolvida nos 4 meses após o parto.
  • A paciente fez uma Ressonância Magnética durante umas férias na Polónia, antes de iniciar o tratamento
  • Havia retornado ao trabalho a tempo parcial num bar, quatro semanas antes de iniciar fisioterapia.


Exame objectivo

  • Índice de massa corporal de 29,3 kg/m2 (índice de massa corporal normal entre 18.5 e 24.9 kg/m2)
  • Lordose lombar acentuada.
  • Teste single leg standing normal no lado esquerdo, mas no lado direito, embora livre de dor, foi associado a significativa flexão do tronco para o lado direito. A correção desse padrão reproduziu a sua dor lombar.
  • Amplitude de movimento ativa da coluna lombar ligeiramente reduzida em flexão e flexão lateral esquerda, reproduzindo a dor da paciente no final da amplitude.
  • Dor central no final de amplitude de extensão lombar.
  • Flexão lateral direita e rotação preservadas e sem dor.
  • Flexão lateral esquerda repetida melhorou a amplitude de movimento e os sintomas.
  • A avaliação da anca não provocou qualquer sintoma
  • Na mobilização acessória da coluna lombar os níveis L4/5 e L5/S1 apresentaram restrições de movimento.
  • Retração muscular do quadrado lombar direito e tensor da fáscia lata, bem como dos flexores da anca bilateralmente.
  • Nos testes de força muscular, de acordo com a escala de Oxford, a abdução da anca direita e extensão foram 3/5 e reproduziram a dor da paciente. A extensão e abdução da anca esquerda foram 4/5 e também reproduziram a dor da paciente.
  • Todos os outros testes de força muscular foram classificados como 5/5.
  • À palpação a paciente apresentava sensibilidade e dor sobre o lado direito do seu sacro, sobre o ligamento do grande dorsal direito, piriforme e quadrado lombar direito.
  • Dor nos testes de provocação para a articulação sacro-ilíaca.
  • Straight leg raise também foi positivo no lado direito.


Meios complementares de dignóstico

Radiografias e ressonância magnética à coluna lombar realizadas na altura foram descritas como normais. Na sua segunda visita, a paciente trouxe a ressonância magnética que havia feito quando em férias e foi revista pelo técnico radiologista.
Essa RM da coluna lombar mostrou significativo edema ósseo na face superior do sulco direito do sacro.

Encaminhamento

A paciente foi encaminhada para ortopedia para um novo parecer. Nova ressonância magnética pélvica foi realizada e confirmou a fratura de stress do sulco direito do sacro.

Tratamento

  • A paciente recebeu canadianas para reduzir a carga suportada e foi encaminhada para a equipa de Ortopedia.
  • Foi orientada pela ortopedia para descansar de todas as atividades agravantes dos sintomas por 2 semanas, particularmente estar em pé e caminhar durante longos períodos e, em seguida, gradualmente reintroduzir a marcha sem canadianas em distâncias que não provocassem desconforto.
  • A paciente foi atendida pelo fisioterapeuta após as primeiras 2 semanas de repouso e recebeu sete tratamentos ao longo dos 3 meses seguintes. O tratamento começou com aconselhamento e educação sobre a patologia e os prazos esperados para a recuperação. Técnicas de mobilização dos tecidos moles e alongamento foram usadas para tratar a retração muscular do quadrado lombar direito, tensor da fáscia lata e flexores da anca. Técnicas de terapia manual foram utilizadas para abordar restrição da amplitude de flexão, rotação e flexão lateral direita nos níveis L4/5 e L5/S1 encontrados no exame objetivo.
  • Quando a correção de postura observada no teste single leg standing deixou de provocar sintomas, iniciou-se treino de força para os músculos da anca e os padrões de movimento com défice foram reeducados. A paciente também iniciou um programa de ciclismo para ajudar na capacidade cardiovascular e perda de peso.

 Resultados
Três meses depois de iniciar a fisioterapia foi dada alta à paciente, que se apresentava sem dor e havia voltado a todas as anteriores atividades da sua vida diária, sem quaisquer dificuldades.

Conclusão

A dor lombar é comum durante e após a gravidez. Atendendo os longos tempos de espera e restrições económicas, em adição ao facto de a dor frequentemente desaparecer no período pós-parto, estudos de imagem não são regularmente realizados nesta população, o que significa que alguns pacientes que apresentam estas fraturas não são diagnosticados. É importante considerar fraturas de stress da pélvis nos diagnósticos diferenciais quando se avalia pacientes com dor lombar pós-parto para garantir uma melhor gestão do processo de reabilitação e retorno completo à vida ativa.


De Búrca N. Low back pain post partum - a case report. Man Ther. 2012 Dec;17(6):597-600.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Métodos para controlar o sono nas crianças são seguros e eficazes


Controlled conforting e camping out são exemplos de métodos para melhor controlar os ciclos de sono dos seus filhos e, segundo um recente estudo da revista Pediatrics, são seguros para os bebés, melhoram o seu padrão de sono, e reduzem sintomas de depressão materna pós-parto a curto prazo.

Este estudo iniciou-se com uma pesquisa realizada em 2007, que constatou que as crianças, assim como os seus pais, beneficiavam quando a criança era ensinada a acalmar-se por si, depois de se terem utilizado uma série de técnicas comportamentais, incluindo as mencionadas acima.

No entanto, após leitura deste estudo, muitos médicos e pais questionaram se estas técnicas seriam benéficas para o desenvolvimento emocional da criança, e para a sua capacidade futura de lidar com situações de stress por exemplo.
  
Assim, Anna M. H. Price (PhD) e a sua equipa seguiram 225 crianças desde os 7 meses de idade até aos seis anos, para descobrir se os métodos de controlo de sono poderiam ter efeitos a longo prazo sobre as crianças e os seus pais.

Os pesquisadores separaram as crianças em dois grupos semelhantes, a um deles não deram nenhuma orientação em particular, e ao outro aplicaram um programa de sono, que incluiu o uso de rotinas de sono positivas, bem como uma das duas técnicas comportamentais:
  • Controlled comforting – os choros das crianças no berço/cama vão sendo respondidos em intervalos de tempo progressivamente maiores. O objetivo é dar à criança a oportunidade de se acalmar por conta própria.
  • Camping out - o pai/mãe senta-se ao lado do berço enquanto o bebé aprende a adormecer por si. Aos poucos, os pais vão-se afastando, até que, eventualmente, já deixam de estar no quarto do bebé.


Dos 7 meses até aos 2 anos de idade, os investigadores registaram claras evidências na melhoria do padrão de sono das crianças e pais do grupo que aplicou os métodos descritos, diferença que se foi esbatendo daí até aos seis anos. A taxa de depressão pós-parto nas mães do grupo experimental também foi menor.

Aos seis anos, não se verificou diferença significativa entre as crianças sujeitas a técnicas de controlo de sono e as que não o foram nos parâmetros: saúde mental e comportamental, qualidade de sono, qualidade do relacionamento entre pais-filho.

Os investigadores concluíram:

"As técnicas comportamentais de controlo do sono não têm efeitos duradouros (positivos ou negativos). Pais e profissionais de saúde podem confiantemente usar estas técnicas para reduzir a carga/esforço dos pais a curto e médio prazo, reduzindo assim também os problemas do sono e depressão materna pós-parto."