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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Saiba como ter casa amiga do seu sistema respiratório!


     Embora sejam evidentes os avanços feitos no sentido de controlar as fontes de poluição atmosférica, sobretudo nas construções habitacionais, a verdade é que ainda há muito a fazer, e, principalmente para quem vive em cidades, este é ainda um tema que gera muita preocupação.
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  O pneumologista Dr. Teles de Araújo, em colaboração com a Fundação Portuguesa do Pulmão, participou numa série de vídeos que nos explicam os fatores que influenciam o ambiente e a qualidade do ar interior, o como podemos tornar a nossa casa mais amiga do nosso sistema respiratório.

 Estas informações podem ser ainda mais importantes para doentes com DPOC- doença pulmunar obstrutiva crónica, asma brônquica, bronquiolite, e outras afecções do sistema respiratório.



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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Bronquiolite


 A bronquiolite consiste na inflamação dos bronquíolos, as vias mais finas, localizadas no interior dos pulmões, imediatamente antes dos alvéolos pulmunares.
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A bronquiolite é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório inferior que ocorre principalmente em crianças, geralmente entre 2 e 6 meses de idade. O diagnóstico clínico baseia-se nos sintomas:
  • Dificuldade em respirar
  • Tosse
  • Dificuldade em dar a alimentação
  • Irritabilidade
  • Sons semelhantes ao “ronronar” de um gato durante a respiração.

Geralmente esta condição deve-se a uma infecção viral dos bronquíolos. O vírus sincicial respiratório (VSR) é o patogénico mais comum, representando 50-90% dos casos. Uma combinação de aumento da produção de muco, restos celulares e edema produz estreitamento e obstrução das já pequenas vias aéreas profundas. É a causa mais comum de internamento hospitalar em bebés.
Outras causas comuns para esta condição são o metapneumovírus humano e o adenovírus. Os factores de risco ambientais e sociais incluem: ter irmãos mais velhos, recorrer a serviços hospitalares, serem fumadores passivos, ambientes com muita gente.
Pensa-se que o aleitamento materno constitui um factor protector para esta e outras condições, pelo que deve ser incentivado.

Sinais e sintomas/ Diagnóstico

Os sintomas iniciais são os de uma infecção viral do trato respiratório superior (ITRS), incluindo rinorreia leve, tosse e febre. Febre maior que 390C é comum. Muitas crianças não terão quaisquer outros sintomas.
Para 40% dos lactentes e crianças jovens que apresentam sintomas do tracto respiratório inferior, tosse e dispneia paroxística desenvolvem-se dentro de 1-2 dias.
Outros sintomas comuns incluem o seguinte: sibilos, cianose, vómitos, irritabilidade e má alimentação.
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Apneias podem ocorrer, especialmente em lactentes jovens.
O pediatra irá avaliar sinais como a taquipneia, taquicardia, febre, cianose e sinais de desidratação. Leve conjuntivite, faringite também devem ser pesquisados. Poderá avaliar também se há evidência de aumento do trabalho respiratório. Chiadeira inspiratória e sibilos agudos expiratórios são considerados duas das principais constatações para o diagnóstico.

Tratamento

Os cuidados primários:
  • A maioria dos lactentes com bronquiolite aguda terá sintomas leves, e a doença pode ser controlada em casa. As medidas de suporte são a base do tratamento, com atenção para a ingestão de bastantes líquidos, nutrição e controlo da temperatura.
  • Os factores de risco, como ambientes com pobre qualidade do ar, imobilização prolongada no leito devem ser reduzidos na medida do possível.
  • Sempre que a temperatura esteja controlada, exercícios respiratórios e de expansibilidade torácica poderão ser tentados de forma a mobilizar as secreções para vias respiratórias mais proximais.
  • A acção médica nesta fase é apenas de controlo dos sintomas e educação dos pais para sinais e sintomas a que devem estar atentos e que representam um agravamento dos sintomas.
  • Para a maioria das crianças, a bronquiolite dura 7-10 dias, com 50% dos casos totalmente assintomáticos ao final de duas semanas e apenas um pequeno subgrupo ainda sintomático ao final de 4 semanas.


Os cuidados secundários: 
  • Mesmo entre as crianças hospitalizadas, os cuidados de suporte primários são a base do tratamento. Geralmente a terapêutica inclui oxigénio e alimentação por sonda nasogástrica, se necessário.
  • Outros tratamentos, como os broncodilatadores, corticosteroides, a solução hipertónica de soro fisiológico e os antibióticos podem ser tentados, no entanto têm demonstrado poucas ou inconsistentes evidências sobre os seus benefícios.


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Exercícios terapêuticos para a bronquiolite
Os seguintes exercícios poderão ser prescritos durante a reabilitação da bronquiolite, dependendo da fase evolutiva em que o paciente se encontra. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.


 Extensão da coluna torácica

Com a criança sentada, procure mobilizar os braços como descrito na imagem.
Repita algumas vezes ao dia, desde que a criança não dê indícios de que lhe esteja a causar desconforto.
  
































Expansão da caixa torácica
Existem várias maneiras de aumentar os movimentos da caixa torácica, melhorando os volumes respiratórios, esta é uma delas. Deve tentar estimular a criança com algum tipo de jogo ou brincadeira, de forma a que ela seja mais participativa.


















Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.