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domingo, 9 de dezembro de 2012

Ruptura muscular no quadricípite


O quadricípite é grande grupo muscular na face anterior da coxa. Este é composto por 4 ventres musculares que têm origem na pélvis e no fémur e se unem acima da rótula, para se irem inserir num único tendão, na face anterior da tíbia, logo abaixo do joelho. São eles:
  • Recto anterior
  • Vasto medial
  • Vasto lateral
  • Vasto interno

O quadricípite como um todo é responsável por estender o joelho e é particularmente importante em actividades como a corrida, um salto, ou um chuto.
Uma ruptura muscular nesta região pode ser causada pelo estiramento brusco dos músculos, pela contracção repentina provocada por uma paragem brusca ou por um episódio de sobrecarga num período relativamente curto de tempo, como uma maratona por exemplo.
Desportos que requerem explosões de velocidade, como certas modalidades do atletismo, o futebol ou o basquetebol aumentam o risco de lesão. Assim como a fadiga muscular, pouca flexibilidade e a falta de aquecimento prévio à prática desportiva.
Todas as rupturas musculares podem ser graduadas de 1-3, consoante a gravidade da lesão. 
  • O grau I corresponde a pequenas lesões (até 10% das fibras musculares envolvidas)
  • O grau II existe lesão de até 90% das fibras musculares.
  • O grau III implica a ruptura de mais de 90% das fibras musculares ou uma ruptura completa. Estas últimas geralmente ocorrem junto à transição de músculo para tendão ou já no próprio tendão em si.

Nos casos de sobreuso deste grupo muscular o tendão quadricipital (logo acima da rótula) e o tendão rotuliano (logo abaixo da rótula) podem também sofrer pequenos dados repetitivos, com consequente inflamação, seguida de degeneração e perda das qualidades do tecido fibroso do tendão, dando origem a uma tendinopatia do quadricipital ou a uma tendinopatia do tendão rotuliano.


Sinais e sintomas/ Diagnóstico


Rupturas de Grau I:
  • Uma leve pontada de dor na coxa é geralmente sentida.
  • Leve desconforto ao caminhar.
  • Esticar o joelho contra a resistência pode ser desconfortável
  • Um ponto mais sensível, semelhante a uma contractura muscular, local pode ser sentido no local da ruptura.

Rupturas de Grau II
  • Uma dor súbita e aguda durante a corrida ou o saltar, que o impossibilita de continuar
  • Dor que afecta o caminhar
  • O atleta pode notar inchaço ou mesmo leves contusões.
  • Incapacidade de dobrar o joelho na totalidade

Rupturas de Grau III
  • Dor súbita e intensa na coxa.
  • Incapacidade para caminhar sem o auxílio de canadianas.
  • Inchaço significativo deve surgir de imediato, hematoma surge nas primeiras 24h.
  • A contracção muscular estática será dolorosa e pode produzir uma protuberância no músculo, que evidencia o local da ruptura.
  • Nos casos de rupturas completas, muitas vezes pode ser visível a separação muscular, com um grande volume muscular localizado mais próximo à virilha.
  • Padrão de marcha caraterístico

Uma boa avaliação, incluindo uma história clínica e exame atento da anca e da coxa são geralmente suficientes para diagnosticar uma ruptura muscular. Uma ecografia ou RM podem ser pedidas para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da lesão.


Tratamento

                O tratamento em fisioterapia, nas primeiras 24 a 48 horas após a lesão e enquanto o diagnóstico não está confirmado, consiste e controlar os sinais inflamatórios, através de:
  • Descanso: Evite caminhar ou estar muito tempo de pé. Se tiver de o fazer utilize canadianas. Andar a pé pode significar um agravamento da sua lesão.
  • Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente.
  • Elevação: A perna deve ser elevada um pouco acima do nível do seu coração para reduzir o inchaço.
  • Analgésicos e anti-inflamatórios não-esteróides poderão ser receitados pelo médico para controlar o processo inflamatório e aliviar as dores.

Após este período, e com o diagnóstico confirmado, o tratamento irá depender da gravidade da lesão.

Ruptura de grau I: A reabilitação deve estar completa ao final de cerca de 2 semanas. O tratamento deve incluir:

Fase 2: Após as 1ªs 24 a 48 horas e até às 2 semanas
Alongamentos suaves dos músculos flexores da anca, 2 a 3 vezes por dia, desde que não provoquem dor.
Alternar a massagem de drenagem e de mobilização de tecidos com fortalecimento estático dos quadricípite.
Continuar o descanso das actividades que provocaram a lesão durante a primeira semana de recuperação.
Ao final da 1ª semana introduzir o fortalecimento muscular progressivo, incluindo exercícios em carga. À medida que for efectuando os exercícios sem dor reintroduzir corrida.
Ao final da 2ª semana deve voltar gradualmente à actividade desportiva e continuar por algumas semanas exercícios específicos de fortalecimento e alongamento do músculo lesado.

Ruptura de grau II: A reabilitação deve estar completa ao final de cerca de 4-6 semanas. O tratamento deve incluir:

Fase 2: Após as 1ªs 24 a 48 horas e até às 2 semanas
Continuar o descanso das actividades que provocaram a lesão, retirar as canadianas caso já consiga caminhar sem dor.
Alongamentos suaves e fortalecimento estático do quadricípite, 2 a 3 vezes por dia, a partir do 3º dia, desde que não provoque dor.
Massagem de drenagem e de mobilização de tecidos assim que os sinais inflamatórios tenham desaparecido
Deve iniciar um programa específico de reabilitação, orientado pelo seu fisioterapeuta
Poderá ser aplicada uma ligadura funcional com tape para permitir uma melhor cicatrização dos topos da ruptura.
Ultra-som e TENS deverão ser introduzidos no tratamento para aliviar a dor e acelerar a recuperação dos tecidos.
Fase 3: Semanas 3, 4 e 5
Introduzir o fortalecimento muscular progressivo, incluindo exercícios em carga. À medida que for efectuando os exercícios sem dor reintroduzir corrida.
Ao final da 4ª semana deve ser reintroduzido o gesto desportivo em ambiente clínico, iniciar a corrida e fortalecimento excêntrico do músculo.
Na 5ª semana deve retornar gradualmente à prática desportiva e continuar por algumas semanas exercícios específicos de fortalecimento e alongamento do músculo lesado.

Ruptura de grau III: A reabilitação poderá demorar mais de 3 meses em casos de ruptura completa. O tratamento deve incluir:
Se o músculo apresentar uma ruptura total o tratamento consiste na reconstrução cirúrgica. Se suspeitar de uma lesão grave deve parar imediatamente a actividade desportiva e dirigir-se ao hospital para ser avaliado. Se a ruptura for parcial será seguido o protocolo de reabilitação das rupturas de grau II, com a adaptação dos respectivos períodos de tempo.

Exercícios terapêuticos para rupturas musculares nos quadricípites

Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma ruptura nos quadricípites. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.



Flexão/extensão do joelho
Deitado, com o calcanhar apoiado no chão, puxe o pé em direcção à bacia. Retorne lentamente o pé à posição inicial.
Repita entre 15 e 30 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.




 Fortalecimento isométrico do quadicipete
Sentado, com a perna estendida e um rolo sob o joelho. Esprema e o rolo e solte suavemente, enquanto sente a contracção imediatamente acima do joelho.
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.


Alongamento do quadricípite
Em pé, apoiado. Agarre no pé da perna a alongar e aproxime-o o mais possível da bacia. Mantenha as costas alinhadas. Mantenha essa posição por 20 segundos.
Repita entre 5 e 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.

Natsis K, Lyrtzis C, Noussios G, Papathanasiou E, Anastasopoulos N, Totlis T. Bilateral rectus femoris intramuscular haematoma following simultaneous quadriceps strain in an athlete: a case report. J Med Case Reports. 2010;4:56.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ruptura muscular dos gémeos (barriga da perna)


Os músculos localizados na barriga da perna são os gémeos, um grande músculo, mais superficial e composto por dois ventres musculares, o e solear, um músculo de menor volume, localizado logo por baixo dos gémeos.
Ambos os músculos se inserem no calcanhar através do mesmo tendão (tendão de Aquiles) e são ambos responsáveis pela flexão plantar do pé (movimento de se colocar em pontas dos pés). Como os gémeos têm origem ligeiramente acima do joelho, também contribuem para a flexão do joelho.
Uma ruptura muscular nesta região pode ser causada pelo estiramento brusco dos músculos da barriga da perna, pela contracção repentina em carga deste grupo muscular ou por um episódio de sobrecarga num período relativamente curto de tempo, como correr uma maratona por exemplo.
Desportos que requerem explosões de velocidade, como certas modalidades do atletismo, o futebol ou o basquetebol aumentam o risco de lesão. Assim como a fadiga muscular, pouca flexibilidade e a falta de aquecimento prévio à prática desportiva.
Todas as rupturas musculares podem ser graduadas de 1-3, consoante a gravidade da lesão. 
  • O grau I corresponde a pequenas lesões (até 10% das fibras musculares envolvidas)
  • O grau II existe lesão de até 90% das fibras musculares, 
  • O grau III implica a ruptura de mais de 90% das fibras musculares ou uma ruptura completa. Estas últimas geralmente ocorrem junto à transição de músculo para tendão ou já no próprio tendão de Aquiles em si.


Sinais e sintomas/ Diagnóstico

Rupturas de Grau I:
  • Uma pontada de dor na parte de trás da perna.
  • Poderá ser capaz de continuar a jogar.
  • Tensão e dor localizados nos 2-5 dias depois da lesão.

Rupturas de Grau II
  • Dor aguda na parte de trás da perna.
  • Dor ao caminhar.
  • Poderá formar-se inchaço na barriga da perna.
  • Hematoma leve a moderado.
  • Tensão e dor localizada durante uma semana ou mais.

Rupturas de Grau III
  • Dor imediata e incapacitante.
  • Uma dor súbita na parte de trás da perna, geralmente na junção musculo-tendão.
  • Hematoma e inchaço significativos
  • Nos casos de rupturas completas, muitas vezes pode ser visível a separação muscular, com um grande volume muscular localizado mais próximo a o joelho.
  • Se a ruptura se localizar no solear os sintomas localizam-se mais abaixo na perna.

Uma boa avaliação, incluindo uma história clínica e exame atento da barriga da perna são geralmente suficientes para diagnosticar uma ruptura muscular. Para diferenciar gémeos e solear deve ser feita flexão resistida do pé com o joelho dobrado, se a dor for reproduzida com este teste provavelmente a lesão localiza-se no solear. Uma ecografia ou RM podem ser pedidas para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da lesão.

Tratamento

                O tratamento em fisioterapia, nas primeiras 24 a 48 horas após a lesão e enquanto o diagnóstico não está confirmado, consiste e controlar os sinais inflamatórios, através de:
  • Descanso: Evite caminhar ou estar muito tempo de pé. Se tiver de o fazer utilize canadianas. Andar a pé pode significar um agravamento da sua lesão.
  • Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente.
  • Compressão: uma meia elástica pode ser usada para controlar o inchaço.
  • Elevação: A perna deve ser elevada um pouco acima do nível do seu coração para reduzir o inchaço.
  • Analgésicos e anti-inflamatórios não-esteróides poderão ser receitados pelo médico para controlar o processo inflamatório e aliviar as dores.

Após este período, e com o diagnóstico confirmado, o tratamento irá depender da gravidade da lesão:

Ruptura de grau I: A reabilitação deve estar completa ao final de cerca de 2 semanas. O tratamento deve incluir:
Fase 2: Após as 1ªs 24 a 48 horas e até às 2 semanas
Alongamentos suaves dos músculos da barriga da perna, 2 a 3 vezes por dia.
Massagem de drenagem e de mobilização de tecidos
Aplicação de ultra-sons.
Continuar o descanso das actividades que provocaram a lesão e a utilização de meia elástica.
Ao final da 1ª semana introduzir o fortalecimento muscular progressivo, incluindo exercícios em carga. À medida que for efectuando os exercícios sem dor reintroduzir corrida.
Ao final da 2ª semana deve voltar à actividade desportiva e continuar por algumas semanas exercícios específicos de fortalecimento e alongamento do músculo lesado.

Ruptura de grau II: A reabilitação deve estar completa ao final de cerca de 4-6 semanas. O tratamento deve incluir:
Fase 2: Após as 1ªs 24 a 48 horas e até às 2 semanas
Continuar o descanso das actividades que provocaram a lesão e a utilização de meia elástica.
Alongamentos suaves dos músculos da barriga da perna, 2 a 3 vezes por dia.
Em vez de apenas gelo poderá aplicar durante 20 a 30 minutos quente e frio, alternadamente, 5 minutos cada, três vezes por dia
Deve iniciar um programa específico de reabilitação, orientado pelo seu fisioterapeuta
Fase 3: Semanas 3, 4, 5 e 6
Introduzir o fortalecimento muscular progressivo, incluindo exercícios em carga. À medida que for efectuando os exercícios sem dor reintroduzir corrida.
Ao final da 4ª semana deve ser reintroduzido o gesto desportivo em ambiente clínico, iniciar a corrida.
Na 6ª semana deve retornar à prática desportiva e continuar por algumas semanas exercícios específicos de fortalecimento e alongamento do músculo lesado.

Ruptura de grau III: A reabilitação poderá demorar mais de 3 meses em casos de ruptura completa. O tratamento deve incluir:
Se o músculo apresentar uma ruptura total o tratamento consiste na reconstrução cirúrgica. Se suspeitar de uma lesão grave deve parar imediatamente a actividade desportiva e dirigir-se ao hospital para ser avaliado. Se a ruptura for parcial será seguido o protocolo de reabilitação das rupturas de grau II, com a adaptação dos respectivos períodos de tempo.

Exercícios terapêuticos para uma ruptura parcial nos gémeos

Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma ruptura parcial nos gémeos. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.

Alongamento da cadeia posterior
Sentado, com a perna a alongar esticada. Tente chegar com as mãos o mais abaixo possível. Mantenha essa posição por 20 segundos.
Repita entre 3 a 6 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



 Flexão resistida do
Sentado, com o elástico na ponta do pé. Puxe a ponta do pé para cima, depois deixe o pé voltar lentamente à posição inicial.
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.


 Reforço muscular dos gémeos
Em pé, apoiado numa cadeira, coloque-se em pontas dos pés. Desça lentamente até todo o pé apoiar no chão. Repita este movimentos entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.




Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.

Jarvinen TA, Jarvinen TL, Kaariainen M, Aarimaa V, Vaittinen S, Kalimo H, et al. Muscle injuries: optimising recovery. Best Pract Res Clin Rheumatol. 2007 Apr;21(2):317-31.
Guillodo Y, Saraux A. Treatment of muscle trauma in sportspeople (from injury on the field to resumption of the sport). Ann Phys Rehabil Med. 2009 Apr;52(3):246-55.

domingo, 28 de outubro de 2012

Ruptura dos meniscos


Cada joelho contém um menisco lateral e outro medial. Estas estruturas de tecido cartilaginoso são como almofadas grossas de “borracha” que amortecem os choques durante a marcha ou outras actividades, e também ajudam a tornar os movimentos do joelho mais suaves e a articulação mais estável.
Os meniscos são em forma de C tornam-se mais finos em direcção ao centro da articulação. Estes assentam em cima da cartilagem presente na superfície articular da tíbia.
As lesões meniscais, estão maioritariamente relacionadas com o desporto, em mecanismos lesivos que envolvem forças em torção do joelho. Quando o está apoiado e a coxa roda internamente, uma força em valgo é aplicada ao joelho, que se estiver flectido, pode causar uma ruptura do menisco medial. O contrário é válido para as lesões do menisco lateral. De acordo alguns estudos, o menisco medial é mais estável do que o menisco lateral, que é relativamente móvel, o que pode resultar numa maior incidência de lesões do menisco medial, no entanto estes resultados não são consensuais.
A ruptura do menisco também pode ocorrer sem uma lesão súbita. Em alguns casos, a lesão desenvolve-se devido a pequenas lesões da cartilagem repetidas ao longo do tempo ou a degeneração ("desgaste") da cartilagem do menisco em pessoas idosas.
Uma vez lesado o menisco não cicatriza muito bem, isto principalmente por não ter uma boa irrigação sanguínea. Isto significa que, apesar de algumas pequenas rupturas mais exteriores poderem curar com o tempo, as rupturas maiores, ou mais interiores no menisco, tendem a não curar, tendo indicação cirúrgica.
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Sinais e sintomas/ Diagnóstico

  • História de traumatismo ou torção do joelho.
  • Dor na linha articular do joelho.
  • Inchaço no joelho um período de 48 horas após o traumatismo.
  • Incapacidade para dobrar o joelho na totalidade, ou sensação de "clic" ao realizar o movimento.

Uma boa avaliação, incluindo uma história clínica e exame atento do joelho são geralmente suficientes para diagnosticar uma ruptura de meniscos. Estruturas como os meniscos não são bem visíveis no raio-X, pelo que uma RM pode ser pedida para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da lesão.
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Tratamento

                O tratamento em fisioterapia, nas primeiras 48 a 72 horas após a lesão e enquanto o diagnóstico não está confirmado, consiste e controlar os sinais inflamatórios, através de:
  • Descanso: Evite caminhar ou estar muito tempo de pé. Se tiver de o fazer utilize canadianas. Andar a pé pode significar um agravamento da sua lesão.
  • Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente.
  • Compressão: um joelho elástico pode ser usado para controlar o inchaço.
  • Elevação: A perna deve ser elevada um pouco acima do nível do seu coração para reduzir o inchaço.
  • Analgésicos e anti-inflamatórios não-esteróides poderão ser receitados pelo médico para controlar o processo inflamatório e aliviar as dores.

Após este período, e com o diagnóstico confirmado, o tratamento irá depender da gravidade da lesão, idade do paciente, nível de actividade e grau de incapacidade:
Pequenas rupturas podem curar por si só, com o tempo, geralmente durante cerca de seis semanas, se for seguido um regime de descanso selectivo. Algumas rupturas, mesmo que pequenas, podem não curar, no entanto, se a dor inicial e o inchaço diminuírem, e não existirem sintomas a longo prazo, ou apenas sintomas leves ou intermitentes, a cirurgia pode não ser necessária. Nestes casos um plano de fisioterapia, direccionado para o reforço dos músculos que dão suporte ao joelho (como o quadricípite e os isquio-tibiais) deve ser seguido.
Se a ruptura causar sintomas persistentes e limitativos das tarefas do dia-a-dia, a cirurgia pode ser o tratamento mais aconselhado. Infelizmente, apenas cerca de 1 em cada 4 rupturas do menisco podem ser reparadas por via cirúrgica.
A maioria das operações é realizada por artroscopia do joelho. Neste caso a ruptura do menisco pode ser reparada e suturada ou, quando a sutura não é possível, uma pequena porção do menisco pode ser removida, em alguns casos, o menisco inteiro.
Transplantes de menisco estão a ser recentemente testados. A cartilagem do menisco em falta é substituída por tecido do doador, que é seleccionado e esterilizado em muito da mesma forma que para os tecidos de outros doadores, como nos transplantes renais.
Existe uma outra técnica em que são colocados implantes de colagénio meniscal. Os implantes são feitos numa substância natural para permitir que novas células cresçam ao seu redor, regenerando o tecido meniscal.
Após a cirurgia deverá iniciar um plano de recuperação em fisioterapia para manter a amplitude articular do joelho e reforçar os músculos que dão estabilidade à articulação.

Exercícios terapêuticos para uma ruptura de meniscos

Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma ruptura nos meniscos. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.



Flexão/extensão do joelho
Deitado, com o calcanhar apoiado no chão, puxe o pé em direcção à bacia. Retorne lentamente o pé à posição inicial.
Repita entre 15 e 30 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



Alongamento da cadeia posterior
Sentado, com a perna a alongar esticada. Tente chegar com as mãos o mais abaixo possível. Mantenha essa posição por 20 segundos.
Repita entre 3 a 6 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



Fortalecimento isométrico dos isquio-tibiais
Sentado, com o calcanhar apoiado no chão. Faça pressão em direcção ao chão e para si, sem tirar o pé da mesma posição. Mantenha a contracção por 6 segundos.
Repita esta contracção entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.


 Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.


Ericsson YB, Roos EM, Dahlberg L. Muscle strength, functional performance, and self-reported outcomes four years after arthroscopic partial meniscectomy in middle-aged patients. Arthritis Rheum. 2006 Dec 15;55(6):946-52.
Epler M, Sitler M, Moyer R. Kinematics of healthy and meniscal repaired knees. Res Sports Med. 2005 Apr-Jun;13(2):91-109.