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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Mais importante que ensinar as crianças a fazer dieta, é ensiná-las a comer!


Apesar de já ser uma preocupação alguns anos a esta parte, ainda assim a taxa mundial de obesidade infantil triplicou nos últimos 20 anos.

Um estudo deste ano afirmou que mais importante que ensinar as crianças a fazer dieta, é ensiná-las a comer. Por exemplo, aprender sobre as opções de alimentos saudáveis revelou-se eficaz na prevenção da obesidade.

Surge agora, de acordo com este estudo, uma nova esperança para crianças que têm dificuldade em manter um peso saudável.

Existem vários tipos de dietas aplicadas nas crianças, como a dieta de restrição calórica por exemplo, no entanto quase todas sem grande sucesso, neste caso porque as crianças tendem a perder e voltar a ganhar o peso ciclicamente, chamado efeito yo-yo.

A nova técnica aborda o conceito de circuito de equilíbrio energético do cérebro, que desempenha um papel fundamental para ajudar o corpo a manter o seu peso fisiológico. Este mecanismo funciona de forma semelhante a um termostato - se estiver “ligado”, o cérebro assume que é necessária mais energia, e o peso terá tendência a aumentar, e estiver “desligado”, o peso poderá diminuir.

Investigações prévias revelaram que dietas não saudáveis podem prejudicar este circuito cerebral. Agora, este novo estudo, confirma que estes danos forçam o "termostato" do circuito de equilíbrio energético para a posição de “ligado”, provocando mesmo alterações genéticas, o que resulta no aumento de peso.

De acordo com os investigadores, é possível reverter este dano usando a restrição calórica em conjunto com o "ajuste do termostato", o que pode, eventualmente, tratar a obesidade. No entanto, dietas diferentes têm resultados diferentes.

Os resultados revelaram que uma dieta pouco saudável, mesmo se a pessoa comer muito, pode resultar em manutenção de peso, se este mecanismo cerebral estiver ajustado para “termostato desligado”. Por outro lado, dietas saudáveis e comer menos quantidade não só causa perda de peso, mas atua no circuito de equilíbrio energético também, “reduzindo o valor no termostato”.


Em conclusão, David McNay, co-investigador neste estudo, disse:

"Sabemos há algum tempo que comer em excesso e uma dieta pouco saudável provoca obesidade, mas não tínhamos a certeza se seria o comer demais ou a dieta pouco saudável o principal problema. Esta pesquisa mostra que cada caloria não é absorvida de igual forma e que o sucesso do tratamento da obesidade requer tanto comer menos como comer mais saudável."

"Ajudar as crianças a manter um peso saudável pode diminuir o risco de desenvolver sérios problemas de saúde e libertá-los do estigma que muitas vezes vem associado à obesidade", concluiu Caroline Johnston, da Action Medical Research.

O investigador John Speakman, comentou: "o ganho de peso após a dieta é um grande problema em todas as dietas. Estes dados apontam para uma potencial razão por que alguns indivíduos recuperam muito mais peso do que outros, e dar uma pista de como minimizar o problema."


sábado, 10 de novembro de 2012

A melhor dieta para diminuir o risco de diabetes tipo 2 após a gravidez


Um novo estudo revelou que ao manter uma dieta saudável nos anos após a gravidez, as mulheres que tinham desenvolvido diabetes durante a gravidez, podem reduzir significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Cerca de 5% das mulheres grávidas desenvolvem níveis elevados de açúcar no sangue, mesmo quando não tinham diabetes antes da gravidez. Esta condição, chamada diabetes gestacional, aumenta muito o risco da mulher desenvolver diabetes tipo 2 posteriormente à gravidez. Na diabetes de tipo 2, as células não respondem adequadamente à insulina, a hormona que indica às células que é necessário "retirar" glucose do sangue. Se não tratada, os níveis de açúcar no sangue podem subir e causar problemas. Complicações da diabetes tipo 2 incluem doença cardíaca, acidente vascular cerebral, doença renal, cegueira e amputação de extremidades do corpo.

Os estudos têm demostrado que, na população em geral, uma alimentação saudável pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2. Uma equipa de investigadores liderada pelo Dr. Zhang Cuilin do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano Eunice Kennedy Shriver (NICHD), pretendeu explorar a influência de uma dieta saudável no risco de desenvolver diabetes tipo 2 entre as mulheres que tiveram diabetes gestacional. Os resultados foram publicados em Setembro de 2012, na Archives of Internal Medicine.
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Os investigadores estudaram mais de 4.400 mulheres que desenvolveram diabetes gestacional entre 1991 e 2001. As mulheres faziam parte de um outro estudo de longo prazo chamado Estudo sobre a Saúde das Enfermeiras II. Como parte do estudo em curso, as enfermeiras preencheram, a cada dois anos, questionários sobre o seu estilo de vida e saúde. Elas responderam também a um questionário a cada quatro anos sobre o consumo de vários itens alimentares durante o ano precedente.

Os investigadores ordenaram os tipos de dieta alimentar das mulheres por melhor correspondência às três dietas mais amplamente estudadas: uma dieta de estilo mediterrâneo, uma dieta desenvolvida para controlar a hipertensão (DASH) e o Índice de Alimentação Saudável (orientações alimentares desenvolvidas pelo Departamento de Agricultura dos EUA). As três dietas promovem o consumo de frutas, legumes, nozes, legumes e grãos integrais.

Este estudo descobriu que 491 das mulheres desenvolveram diabetes tipo 2. As mulheres com dietas mais próximas das três descritas acima reduziram o consideravelmente o risco de desenvolver diabetes tipo 2 quando comparadas com as que seguiram dietas mais distantes das descritas. As mulheres que seguiram uma dieta mais próxima da dieta mediterrânica apresentaram um risco 40% menor de desenvolver diabetes tipo 2. Aquelas que seguiram uma dieta mais próxima da DASH tiveram um risco 46% menor. Aquelas que seguiram uma dieta mais próxima do Índice de Alimentação Saudável tiveram um risco 57% menor.
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"As nossas descobertas indicam que as mulheres com diabetes gestacional não estão necessariamente predestinadas a desenvolver diabetes tipo 2", diz Zhang. "Parece que elas podem ter algum grau de controlo sobre este risco, bastando para isso adotarem uma dieta saudável, reduzindo muito a probabilidade de desenvolver diabetes mais tarde na vida. "

Dr. Zhang e a sua equipa estão a avaliar outros fatores - tais como genes, atividade física e outras variáveis no estilo de vida, que podem afetar o risco de uma mulher desenvolver diabetes, num estudo mais amplo e contínuo com mulheres norte-americanas e dinamarquesas chamado Estudo de Saúde da Mulher e Diabetes.