quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Fraturas por stresse do fémur


A Visual Health Information publicou a sua newsletter mensal. Nesta edição respondem à questão:

Qual é o tratamento recomendado e critérios para retorno ao desporto após uma fratura por stresse da diáfise ou do colo do fémur?

Para responder a esta questão, foi realizada uma pesquisa abrangente no banco de dados PubMed (durante setembro de 2012) por trabalhos que abordaram esta questão específica.

As fraturas por stresse representam 10% de todas as lesões relacionadas com desportos, sendo a fratura de fémur o quarto tipo de fratura mais comum. As fraturas por stresse no fémur poderão afetar 20-30% dos corredores de fundo.

A teoria mais aceite para explicar o surgimento de fraturas por stresse assenta no facto de o osso receber grandes cargas, de forma repetitiva, e quando a absorção periosteal (a atividade dos osteoclastos) supera remodelação (a atividade dos osteoblastos), ocorrem microfraturas que se podem ir acumulando, resultando na fratura por stresse. Uma teoria alternativa é a de o osso não resistir às forças excessivas, resultado da tensão muscular, aplicada ao osso através dos tendões.

As fraturas por stresse da diáfise e do colo do fémur representam, respetivamente 5-11% e 3-20%, de todas as fraturas por stresse. O tratamento para fraturas por stresse depende da localização da fratura, a probabilidade de cura, e o risco de complicações.

Categorizar as fraturas pelo risco de complicações pode orientar o tratamento e ajudar a definir os critérios para voltar ao desporto. Fraturas de baixo risco, incluindo diáfise femoral, geralmente podem ser resolvidos com 4-8 semanas de tratamento abaixo do limiar de dor, seguidas pelo retorno gradual ao desporto. Fraturas de alto risco, como as do colo do fémur podem exigir restrição de carga nesse membro, imobilização ou cirurgia.
A escolha do tratamento adequado pode ajudar a evitar o excesso zelo no tratamento de fraturas de baixo risco, que pode afetar as metas de desempenho do atleta, e a sob gestão de fraturas de alto risco, que pode resultar em complicações significativas.

Independentemente do tratamento, é importante abordar possíveis fatores contribuintes, como a má nutrição, erros de treinamento ou equipamento, problemas hormonais, e baixa densidade mineral óssea.

Com base nesta revisão da literatura, há claramente uma necessidade de pesquisa baseada em evidências no tratamento e prevenção de fraturas por estresse do colo e da diáfise do fémur. Exercícios específicos não estavam dentro do escopo de artigos revisados, assim, exemplos de exercícios de VHI PC-Kits foram fornecidas para manter a força e prevenir défices neuromusculares que podem ocorrer durante a reabilitação de uma fratura por estresse do fémur.
Da posição de sentado na bola, progrida para a posição em tábua, apoiado numa perna e com a outra esticada. Faça repetições de descida controlada da bacia enquanto mantém a outra perna estendida.

Pés mais afastados que a largura dos ombros, mãos apoiadas à frente. Mova-se de lado para lado, com as ancas baixas e o peito direito. Os joelhos não dobram para além da ponta dos pés e os calcanhares mantêm-se no chão.



Esta newsletter mensal está disponível de forma gratuita no site Visual Health Information. 
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Harrast MA, Colonno D. Stress fractures in runners. Clin Sports Med. 2010 Jul;29(3):399-416. Review. PubMed PMID: 20610029.
Talbot JC, Cox G, Townend M, Langham M, Parker PJ. Femoral neck stress fractures in military personnel--a case series. J R Army Med Corps. 2008 Mar;154(1):47-50. PubMed PMID: 19090388.
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1 comentário:

Norma disse...

Quebrei o fémo pouco a sima do joelho em um acidente de moto milha coxa parede menor mesmo apos retirada de astea do fémo ainda neo dobro o joelho ele dobrou no bloco agora apois dois meses sem a astea q estava bloqueado o joelho não dobra oq devo fazer o fizioterapia não tá adiantando presizo dobra o joelho como Faso

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