quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Métodos para controlar o sono nas crianças são seguros e eficazes


Controlled conforting e camping out são exemplos de métodos para melhor controlar os ciclos de sono dos seus filhos e, segundo um recente estudo da revista Pediatrics, são seguros para os bebés, melhoram o seu padrão de sono, e reduzem sintomas de depressão materna pós-parto a curto prazo.

Este estudo iniciou-se com uma pesquisa realizada em 2007, que constatou que as crianças, assim como os seus pais, beneficiavam quando a criança era ensinada a acalmar-se por si, depois de se terem utilizado uma série de técnicas comportamentais, incluindo as mencionadas acima.

No entanto, após leitura deste estudo, muitos médicos e pais questionaram se estas técnicas seriam benéficas para o desenvolvimento emocional da criança, e para a sua capacidade futura de lidar com situações de stress por exemplo.
  
Assim, Anna M. H. Price (PhD) e a sua equipa seguiram 225 crianças desde os 7 meses de idade até aos seis anos, para descobrir se os métodos de controlo de sono poderiam ter efeitos a longo prazo sobre as crianças e os seus pais.

Os pesquisadores separaram as crianças em dois grupos semelhantes, a um deles não deram nenhuma orientação em particular, e ao outro aplicaram um programa de sono, que incluiu o uso de rotinas de sono positivas, bem como uma das duas técnicas comportamentais:
  • Controlled comforting – os choros das crianças no berço/cama vão sendo respondidos em intervalos de tempo progressivamente maiores. O objetivo é dar à criança a oportunidade de se acalmar por conta própria.
  • Camping out - o pai/mãe senta-se ao lado do berço enquanto o bebé aprende a adormecer por si. Aos poucos, os pais vão-se afastando, até que, eventualmente, já deixam de estar no quarto do bebé.


Dos 7 meses até aos 2 anos de idade, os investigadores registaram claras evidências na melhoria do padrão de sono das crianças e pais do grupo que aplicou os métodos descritos, diferença que se foi esbatendo daí até aos seis anos. A taxa de depressão pós-parto nas mães do grupo experimental também foi menor.

Aos seis anos, não se verificou diferença significativa entre as crianças sujeitas a técnicas de controlo de sono e as que não o foram nos parâmetros: saúde mental e comportamental, qualidade de sono, qualidade do relacionamento entre pais-filho.

Os investigadores concluíram:

"As técnicas comportamentais de controlo do sono não têm efeitos duradouros (positivos ou negativos). Pais e profissionais de saúde podem confiantemente usar estas técnicas para reduzir a carga/esforço dos pais a curto e médio prazo, reduzindo assim também os problemas do sono e depressão materna pós-parto."

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