Controlled conforting e camping
out são exemplos de métodos para melhor controlar os ciclos de sono dos
seus filhos e, segundo um recente estudo da revista Pediatrics, são seguros
para os bebés, melhoram o seu padrão de sono, e reduzem sintomas de depressão
materna pós-parto a curto prazo.
Este estudo iniciou-se com uma pesquisa realizada em 2007,
que constatou que as crianças, assim como os seus pais, beneficiavam quando a
criança era ensinada a acalmar-se por si, depois de se terem utilizado uma
série de técnicas comportamentais, incluindo as mencionadas acima.
No entanto, após leitura deste estudo, muitos médicos e
pais questionaram se estas técnicas seriam benéficas para o desenvolvimento
emocional da criança, e para a sua capacidade futura de lidar com situações de
stress por exemplo.
Assim, Anna M. H. Price (PhD) e a sua equipa seguiram 225
crianças desde os 7 meses de idade até aos seis anos, para descobrir se os
métodos de controlo de sono poderiam ter efeitos a longo prazo sobre as
crianças e os seus pais.
Os pesquisadores separaram as crianças em dois grupos
semelhantes, a um deles não deram nenhuma orientação em particular, e ao outro aplicaram
um programa de sono, que incluiu o uso de rotinas de sono positivas, bem como
uma das duas técnicas comportamentais:
- Controlled comforting – os choros das crianças no berço/cama vão sendo respondidos em intervalos de tempo progressivamente maiores. O objetivo é dar à criança a oportunidade de se acalmar por conta própria.
- Camping out - o pai/mãe senta-se ao lado do berço enquanto o bebé aprende a adormecer por si. Aos poucos, os pais vão-se afastando, até que, eventualmente, já deixam de estar no quarto do bebé.
Dos 7 meses até aos 2 anos de idade, os investigadores registaram
claras evidências na melhoria do padrão de sono das crianças e pais do grupo que
aplicou os métodos descritos, diferença que se foi esbatendo daí até aos seis
anos. A taxa de depressão pós-parto nas mães do grupo experimental também foi
menor.
Aos seis anos, não se verificou diferença significativa entre
as crianças sujeitas a técnicas de controlo de sono e as que não o foram nos
parâmetros: saúde mental e comportamental, qualidade de sono, qualidade do relacionamento
entre pais-filho.
Os investigadores concluíram:
"As técnicas comportamentais de controlo do sono não
têm efeitos duradouros (positivos ou negativos). Pais e profissionais de saúde
podem confiantemente usar estas técnicas para reduzir a carga/esforço dos pais
a curto e médio prazo, reduzindo assim também os problemas do sono e depressão materna
pós-parto."
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