sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Tendinites do ombro (tendinopatias da coifa dos rotadores)


A coifa dos rotadores é um grupo de quatro músculos que estão posicionados ao redor da articulação do ombro:
  • Supraespinhoso
  • Infraespinhoso
  • Subescapular
  • Redondo menor

Estes músculos trabalham como uma unidade, ajudando a estabilizar a articulação do ombro e contribuindo também para os movimentos da articulação. Os tendões dos quatro músculos da coifa juntam-se para formar um tendão maior, chamado de tendão da coifa dos rotadores. Este tendão insere-se em volta da cabeça do úmero, por cima da cápsula articular e por baixo do acrómio.
As tendinopatias da coifa dos rotadores são causadas pela irritação/inflamação deste tendão, e tendem a ter um início agudo (súbito). Existe frequentemente história de uma lesão específica anterior. No entanto também se poderá dever a pequenas lesões (conhecidas como microrupturas) associadas ao uso excessivo do tendão, em desportos/actividades que envolvem elevação dos braços acima da altura da cabeça. Se, depois de cada microruptura, não for dado tempo de recuperação suficiente, o tendão não se restabelece na totalidade. Isto significa que ao longo do tempo, os danos no tendão vão-se acumulando, podendo dar origem a esta lesão.
Por vezes, pequenas inflamações repetidas ao longo do tempo poderão dar origem a um processo de calcificação do tendão, que acontece mais frequentemente no supra-espinhoso. Esta patologia é designada de tendinopatia calcificante.
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Sinais e sintomas/ Diagnóstico

  • Dor com um início agudo (súbito)
  • Amplitude de movimento do ombro dolorosa.
  • A dor piora em actividades acima do nível da cabeça, podendo afectar a sua capacidade de por exemplo, pentear o cabelo ou vestir-se.
  • A dor poderá estar presente à noite, afectando o sono.

Uma boa avaliação, incluindo uma história clínica e exame atento do ombro, incluindo à sua função motora, é geralmente suficiente para o diagnóstico de uma tendinopatia da coifa dos rotadores. A confirmação do diagnóstico deve ser feita através de uma ecografia ou RM, que servirá também para avaliar a gravidade da lesão.
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Tratamento

O primeiro objectivo do tratamento será reduzir a dor e a inflamação. Na maioria dos casos, o tratamento inicial é conservador, incluindo os seguintes procedimentos:
  • Descanso: Evite os movimentos que provocam os sintomas. Evite gestos repetitivos dos membros superiores.
  • Analgésicos e anti-inflamatórios: analgésicos como o paracetamol são geralmente úteis. Ocasionalmente, analgésicos mais fortes podem ser necessários. Os anti-inflamatórios, como o ibuprofeno ou o diclofenaco, poderão ser necessários para controlar a inflamação.
  • Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente.
  • Massagem de mobilização de tecidos sobre a zona do tendão e músculo.

Após esta primeira fase, geralmente entre os 5-7 dias após a lesão, deverão ser introduzidos outros procedimentos com o objectivo de melhorar a amplitude de movimento e restabelecer a força muscular:
  • Quando a dor permitir iniciar exercícios de mobilidade do ombro, com mobilizações ao longo de toda a amplitude de movimento disponível e alongamentos dos músculos da coifa e restantes músculos que se inserem próximo do ombro.
  • Massagem de mobilização de tecidos sobre a zona do tendão e músculo.
  • Aplicação de Ultra-sons nos casos de tendinopatia calcificante acelera a reabsorção dos cristais de cálcio.
  • Exercícios de reforço muscular dos músculos da coifa, desde que não provoque dor.
  • Reintrodução gradual ao desporto/actividade, começando com exercícios de treino, sem contacto e lentamente aumentar o grau de exigência dos exercícios.

O tratamento poderá demorar entre 2-6 semanas, dependendo do mecanismo de lesão, da sua gravidade e da condição física do paciente. Caso a lesão não seja tratada poderá levar a uma síndrome do ombro congelado ou, se o tendão continuar a ser “agredido” poderá haver uma ruptura da coifa dos rotadores.

Exercícios terapêuticos para a tendinopatia da coifa dos rotadores

Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma ruptura da coifa dos rotadores. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.


 

Fortalecimento dos rotadores externos do ombro
Em pé, com o cotovelo a 90o e encostado ao tronco, com o elástico na palma da mão, rode o antebraço para fora, mantendo o cotovelo perto do tronco, volte lentamente à posição inicial.
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



 

Fortalecimento dos rotadores internos do ombro
Em pé, com o cotovelo a 90o e encostado ao tronco, com o elástico na palma da mão, rode o antebraço para dentro, mantendo o cotovelo perto do tronco, volte lentamente á posição inicial.
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



Alongamento dos rotadores externos da omoplata
Em pé, coloque a mão atrás da cintura. Com a outra mão puxe o cotovelo para a frente, mantendo costas e ombro alinhados. Mantenha esta posição durante 20 segundos.
Repita 5 a 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.

4 comentários:

Mar.de.Ganja disse...

fiz o Alongamento dos rotadores externos da omoplata,com uma dor suportável,continuo a fazer?

Unknown disse...

gostei de saber no meu caso so a operaçao ja ando assim a quatro meses

monge disse...

Eu já há dois anos. E só me conseguem dizer: "- Isso passa!" Passa, passa...

Unknown disse...

Tenho bursite e tendinose supraespinhal sempre vou hospital tomar tramol na veia e tomo pregabalina não dormo estou com depressão nem com os medicamentos consigo dormir dor insuportável

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