A osteoporose é a
perda da densidade óssea e a diminuição da espessura do tecido ósseo e ao longo
do tempo, associada a um risco aumentado de fracturas. A osteoporose significa
literalmente que o osso fica mais poroso.
O osso é feito de
fibras de colagénio e minerais. É um tecido vivo e contém células que produzem,
mantêm e reabsorvem osso. Inicialmente, à medida que as crianças crescem, a
formação de novo tecido ósseo excede a reabsorção. Mas, à medida que
envelhecemos, isto inverte-se e, após cerca de 45 anos de idade, começamos a
perder material ósseo, tornando os ossos menos densos e menos fortes. A
quantidade de perda óssea pode variar, se for significativa pode dar-se o nome
de osteoporose. A osteoporose aumenta o risco de fracturas, especialmente se
sofrer uma queda. Se tiver um grau mais leve de perda óssea, isto é considerado
como osteopenia.
Com o
envelhecimento, homens e as mulheres têm maior risco de desenvolver osteoporose,
especialmente após os 60 anos de idade. No entanto, as mulheres perdem material
ósseo mais rapidamente do que os homens, especialmente após a menopausa quando
os níveis de estrogénio caem. O estrogénio é uma hormona e ajuda a proteger
contra a perda óssea.
Outros factores
podem aumentar o risco de osteoporose:
- Tomar ou ter tomado medicação cortiosteroide (como a prednisolona) por três meses ou mais.
- Ser fumador
- Défices de cálcio e/ou vitamina D (devido a uma má alimentação e/ou pouca exposição à luz solar).
- Nunca ter praticado exercício físico com regularidade.
- Condições médicas, como por exemplo, uma tiróide hiperactiva, síndrome de Cushing, doença de Crohn, insuficiência renal crónica, artrite reumatóide, doença crónica do fígado, diabetes tipo 1, entre outras.
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Sinais e sintomas/ Diagnóstico
A osteoporose
geralmente desenvolve-se lentamente ao longo de vários anos sem qualquer
sintoma. No entanto, após uma certa quantidade de perda óssea, pode ocorrer o
seguinte:
- Uma fractura óssea, após uma pequena lesão, como uma queda no solo (a partir da altura de uma cadeira normal ou menos). Este tipo de fracturas é mais comum acontecer no colo do fémur (na anca), no punho (fractura de colles) e vértebras (ossos que compõem a coluna vertebral).
- Perda de altura (a perda de massa óssea pode fazê-lo perder entre 3 e 6 cm), dor persistente nas costas e postura característica (curvado para a frente)
O diagnóstico da osteoporose é
normalmente feito pelo seu médico, usando uma combinação de uma história clínica completa e exame físico. A densitometria óssea e exames laboratoriais especializados são normalmente
necessários para confirmar o diagnóstico. É frequente a densitometria óssea ser realizada
em mulheres em idade da menopausa, como medida preventiva.
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Tratamento
A situação ideal é prevenir o aparecimento da osteoporose. Os
conselhos que se seguem são para todos, particularmente se estiverem em maior
risco de desenvolver osteoporose. Estes podem ajudar a prevenir, ou retardar, a
perda óssea... Mesmo que já tenha osteoporose, as seguintes medidas podem
ajudar a tentar diminuir a perda óssea.
Exercício físico
Exercício regular moderado ao longo da vida é o ideal,
mas nunca é tarde para começar. Exercícios que obriguem à constante
transferência de peso de uma perna para a outra, como caminhada, aeróbica,
dança, corrida, são os ideais. Exercícios de fortalecimento muscular também são
importantes. Para os idosos, uma caminhada regular é um bom começo. Deve tentar
fazer trinta minutos de exercício, pelo menos 5 vezes por semana. Nota: a natação
não qualquer efeito na osteoporose, pois neste exercício o peso do corpo não é
sustentado pelas pernas, mas sim pela densidade da água.
Alimentação e dieta
Cálcio e vitamina D são importantes para a saúde
óssea. O corpo precisa de um fornecimento adequado de vitamina D para absorver
o cálcio que come ou bebe na sua dieta. Salmão cozido ou cavala cozida são boas
fontes de vitamina D. Assim como o atum ou a sardinha (ambos enlatados em
óleo). A vitamina D também é produzida pelo seu corpo após a exposição ao sol. A
ingestão diária recomendada de cálcio em adultos com idade acima de 50 é, no
mínimo, 1.000 mg por dia. As proteínas também são importantes na sua dieta e um
grama por dia de proteína por quilo do seu peso corporal é recomendada.
Fumar e beber
Produtos químicos do tabaco podem entrar na
corrente sanguínea e afectar os ossos, provocando a perda óssea. Se fumar, deve
tentar fazer todos os esforços para parar. Além disso, deve tentar reduzir o
consumo de álcool, se beber mais de três unidades de álcool por dia.
Terapia de reposição
hormonal
A terapia de reposição hormonal (TRH), funciona à
base de estrogénio. Apesar de ter sido amplamente utilizada, recentes investigações
descobriram que a TRH a longo prazo pode aumentar o risco de cancro de mama e
doenças cardiovasculares (doença cardíaca e acidente vascular cerebral), pelo
que agora apenas é utilizada em mulheres que tiveram uma menopausa precoce.
Medicação
Bisfosfonatos: é a
medicação mais comummente usada para tratar a osteoporose, e actuam
directamente nas células produtoras de tecido ósseo. Estudos têm mostrado que
esta medicação pode ajudar a restaurar algum osso perdido, e ajudar a prevenir
a perda óssea, diminuindo o risco de fractura.
Suplementos de
Cálcio e Vitamina D: o nosso corpo precisa de muito cálcio
e vitamina D para formar os ossos. A menos que o médico tenha certeza de que você tem uma
ingestão adequada de cálcio e vitamina
D, ele irá prescrever
suplementos de cálcio e vitamina D, além de um dos medicamentos acima.
Exercícios terapêuticos para a osteoporose
Os seguintes exercícios são geralmente prescritos
durante o tratamento para a osteoporose. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição
de não causarem ou aumentarem os sintomas.
Extensão resistida da anca
Em pé,
apoiado numa cadeira, com um elástico à volta do tornozelo. Com a perna
esticada e costas alinhadas, puxe o elástico para trás. Volte lentamente à
posição inicial.
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte
nenhum sintoma.
Em pé, segurando as pontas do elástico com ambas as mãos, rode os
braços para fora até ficarem alinhados com o tronco. Soba os braços esticando o
mais possível os cotovelos. Retorne lentamente à posição inicial.
Repita entre 8 e 12 vezes, desde que não desperte
nenhum sintoma.
Mantenha uma rotina de
caminhar pelo menos 20 a 30 minutos por dia. Tenha sempre atenção à sua postura
e evite alterações no ritmo da marcha a não ser que sinta sintomas de cansaço.
Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.
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